30 novembro 2011

Aprenda a lição


Há muito tempo não falo sobre mim. Nem pra mim mesma. É como se nada tivesse acontecendo. Exatamente nada. E nenhum sentimento mais existisse. Mas é tudo muita loucura da minha cabeça. Sentimento aqui dentro é o que não falta. Eles só andam meio escondidos. E uns afloram tanto que não consigo decifrar quais são. Amo muito e muito pouco. Ou estou feliz demais ou triste demais. E se alguém sorrir pra mim sem motivo, eu devolvo com um sorriso amarelo. Ando assim. Sem senso fixo, sem nada de muito bom pra falar, pra mostrar. Pra demonstrar. Ando sem acontecimentos que me passem a boa sensação de dia proveitoso. Aquela sensação de: "Essa vai pro blog." E eu sei que basta querer para isso tudo mudar. Mas basta querer parar de sentir. Parar de não sentir mais nada. Parar de esperar, parar de querer o que não se deve querer. Tem que parar de achar que tudo mudou. E que ainda vai mudar. Não mudou nada. É só difícil de aceitar que sempre foi assim, e que a única coisa que ficou diferente foi a presença. Que agora não existe mais. Ausência. Nada mudou. Mas pode mudar. Pare pra pensar. Tudo depende de você. Pra mudar o que está dentro de você, basta querer. E o seu querer não depende de mais ninguém. Apenas da vontade de não querer mais. É tudo muito complicado, mas muito fácil de entender. E mesmo querendo muito, tentando muito, sentindo muito, hoje eu anda acordei como se nada tivesse acontecido, como se tudo isso fosse muito normal pra alguém no meu estado. Eu acordei como se o que aconteceu ontem, tivesse sido parte de um sonho, e que a gente só lembra lá pro meio ou final do dia. O choro de ontem ficou na minha almofada rosa, e evaporou. Tudo isso porque as lágrimas que caíram não foram as mesmas de sempre. Havia um sentimento diferente que, eu posso confessar, eu não faço a mínima ideia de qual seja. Mas custo pensar que ainda seja amor. Acho que misturou a falta, e um passado, digamos que bom. Misturou toda uma história, todos os acontecimentos, e tudo que foi dito antes me fez perguntar a mim mesma: Como tudo isso pôde ser dito ontem, e hoje nada mais existir? É muito fácil falar o que realmente acontece: As pessoas mudam e seguem em frente. Trate você de se acostumar. É assim mesmo. E você deve saber que isso tudo é verdade. Como dizia Dinho Ouro Preto: "Como se sente, de volta ao começo? As falhas, os erros, tudo tem preço."


Dani Fechine

25 novembro 2011

Palavras mágicas de Steve Jobs


"Você tem que encontrar o que você ama.
Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos.

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.
Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.”
Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.
Eu não tinha ideia do que queria fazer na minha vida e menos ideia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.
Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.
Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.
Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.


Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.
E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.
Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício].
Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.
A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.
E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.
Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.
Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.
Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.

Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.
Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.
Eu fiquei com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e hoje estou bem.
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.
Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.

O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.
Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.
Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:

“Continue com fome, continue bobo.”

Foi a mensagem de despedida dele. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.
Obrigado."

Steve Jobs em discurso aos formandos da turma de 2005 da Universidade Stanford.


(Aqui você encontra o vídeo.)

23 novembro 2011

Ele sempre vai embora pra descobrir quem ele é, ou para lembrar que ele é o mesmo de sempre que não sabe quem é, ele sempre vai embora antes da gente ser alguma coisa juntos.

19 novembro 2011

"Nossa, como você cresceu!"

E de repente a gente se pega dizendo: "O tempo voa, não é mesmo?" E como voa. As pessoas crescem mais rápido do que pensávamos, elas se tornam pessoas melhores do que tentamos fazer. E algumas mudam mais do que esperávamos mudar. Assim são as crianças. Ela nasce parecendo algo insignificante. Mas nasce com a luz de transformar os ambientes. E com você, minha princesa, foi mais que isso. Você veio exatamente ao pé da letra, porque QUERÍAMOS que você viesse. Você veio para alegrar a vida de duas pessoas com papéis fundamentais na sua vida. Vou trouxe a vida delas. Você renasceu os seus pais. Você trouxe luz, paz e alegria. Deixou um sorriso estampado em cada rosto de alguém que precisava sorrir um pouco. Você veio pra mudar. E mudou. Você recriou uma família. E se tornou peça insubstituível. Eu posso afirmar. Aí você foi crescendo, crescendo, e eu pude presenciar o seu primeiro sorriso. É a tal 'felicidade que transborda'. Nunca havia visto coisa mais linda e sincera. Sincera e absolutamente real. É na dificuldade de encontrar certas coisas que a gente dar o valor merecido a elas. E eu aproveitei esse momento como se você não fosse mais sorrir. Mas aí eu tive o privilégio de ser presenteada com essa bênção todos os dias. E você não parou de evoluir. Deu os primeiros passos perto de mim, a primeira palavra próximo ao meu ouvido, e o primeiro dentinho eu também vi nascer. Eu vi a sua alegria ao vestir a farda e ir para o primeiro dia na escolinha. E o que foi incrível, eu vi você não chorar ao passar pelo portão. Eu vi você ler a primeira palavra. Juntar as primeiras sílabas. Eu pude brincar com você sem me importa com a minha idade ou com o meu tamanho. Eu pude aproveitar cada passo seu. E eu pude voltar pra minha infância por sua causa. Eu pude reviver o que a muito tempo não vivia. Obrigada, minha flor, por tudo que faz por mim. Hoje eu percebo que és a causa de todas as coisas boas que acontecem nessa família. E vendo você crescer, presenciando tudo que você passou, ouvindo todas as suas palavras, seria impossível não me emocionar ao ver você se formar. Há coisa mais bela do que a formatura do ABC? É a mudança de uma fase. É subir mais um degrau e assim seguir em frente. E ainda ouvir: "Meu Deus, como ela cresceu." Isso dá um nó na garganta e só nos resta derramar uma lágrima. Lágrima de alegria. E agora aguardo, ansiosamente, as suas próximas aventuras. "De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce do que as crianças?"

Dani Fechine

17 novembro 2011

Cartas pra saudade


Esse não é mais um post especial número infinito. É um post especialíssimo. Vim te escrever. Coisa que não faço todos os dias com as minhas mãos, mas com a mistura de palavras na minha cabeça, faço a todo momento. Eu vim não só te parabenizar. Vim, e como principal motivo, te falar das saudades que eu sinto. Te lembrar, talvez, daquelas tarde maravilhosas de estudos, que sorríamos mais do que estudávamos, mas sempre fazíamos as contas. Você vai entender cada entre linha que eu colocar aqui, eu tenho certeza. Eu sinto saudades ATÉ das suas discordâncias comigo, o que era muito pouco. Sinto falta de falar da Dragão, e ah, você não sabe da novidade: Ela agora tem um novo apelido criado por nós. Sinto saudades dos medos e das inseguranças quando andávamos nas ruas, sozinhas. Hoje eu continuo sentindo isso, mas é como se faltasse algo pra tornar aquilo um pouco divertido. Tenho aquela minha melhor amiga, que Meu Deus, ela ocupada todos os lugares vazios que você deixou. Agradeço muito por tê-la por perto. Sabe do que eu sinto muita falta também? Das caronas que eu recebia do Mimi. Evitava eu andar tanto no sol e o que era melhor: antecipava a hora de te ver. Amiga, eu morro de saudades de você. É aquela falta que nem tudo preenche. Saudades de te ver chegar na aula sempre com um sorriso no rosto, de poder olhar pra trás e te ver na carteira de trás e poder contar tudo com aconteceu ontem e falar de certas pessoas através de códigos e rir e lembrar e chorar e sentir saudades juntas de outras pessoas. Hoje eu olho pra trás e sabe o que vejo? Uma parede. Mas confesso que a visão do lado e da frente é bastante confortante.  Saudades de te amparar também. É preciso falar do nosso magnífico trabalho? É preciso lembrar que fomos nós que marcamos a seccin 2009? É preciso mesmo voltar no tempo e te fazer recordar dos ensaios, da correria pra conseguir a roupa, das ligações para conseguirmos ajuda? E você quer mesmo que eu fale do que sentimos no final? Das memórias que ficaram, das alegrias? Lembra do nosso Mestre? Não, não. Eu não preciso te fazer lembrar de nada disso. Eu sei que em você tudo isso ficou. E é totalmente indispensável falar da falta que você fez no ano posterior. E eu acho isso tudo, ainda que trágico, muito lindo. Essa saudades, essa distância, essa amizade, é, apesar de todos os quilômetros, a coisa mais doce que poderia acontecer. Doce porque você foi, mas algo te fez ficar. Alguma coisa não te deixou ir pra Brasília por inteiro. Uma parte sua ta aqui. Pelo menos em mim ainda se encontra pedaços de Rafaela. E não é a divisão de Região que vai me fazer distante. Eu ainda sinto a necessidade incontrolável de olhar pra carteira de trás e contar as novidades. É o mesmo sentimento. Mas agora eu preciso te achar online nessas redes sociais pra poder te pedir conselhos, te contar como estão as coisas, saber se estar tudo bem. Agora eu preciso que esses sinais dessas operadoras peguem com perfeição. Antes só precisávamos de nós mesmo para nos comunicar. Agora dependemos de quase tudo. Isso é que é trágico. E doce. Porque ainda assim não nos afasta. Então, Brasília Amarela, eu não vi data mais importante e especial que essa pra deixar a sua marca no meu Blog. É o dia ideal pra dizer o quanto eu amo você. E te dar os parabéns, te desejar toda felicidade do mundo, muito amor, muita paz e força. Te dizer que sempre que você achar que está caindo, algo vai te levantar. E eu vou te ajudar nessa subida. Quero te dizer também que todos aqueles sonhos que você tem e que você passou pra mim, sejam realizados. No tempo certo, eu sei que vão. E quando isso acontecer, espero estar ao seu lado pra viver o que você desenhou junto comigo. Eu te amo muito e não é pelo fato de não poder te abraçar agora que você não vá sentir o abraço apertadíssimo que eu desejo te dar agora. Dá um tempo Rafa, volta pra cá.


Dani Fechine, para a minha maior saudade.

13 novembro 2011

Um post especial - 4 (Teatro de Fantoches)

Não foi e não se trata apenas de uma data ou uma nota. Não é apenas uma apresentação ou uma equipe. É uma família. Uma família como todas as outras, que não vive apenas de flores e possui, sim, suas desavenças. É exatamente uma família, com pai, mãe e filhos. Se é que você entende a posição de cada um nesse meio tão diferente. É uma família que trabalha em grupo. E faz cada gota de suor valer a pena no final. Posso dizer também que não são apenas 30 minutos. São meses de trabalho, de esforço, de abdicações. Meses de preocupações, de ensaios. Tudo, mas tudo mesmo, para sair do comodismo, como já ouvi dizerem por aí. Sair daquilo que é feito sempre, e por esse motivo, é mais fácil de se fazer e de terminar. Mas já que é pra perder tempo, vamos perder tempo com algo bem feito. Vamos construir uma apresentação. E não passar fotografias e vídeos em slides. Vamos dar vida ao que se chama de seminário. Mas vamos dar a vida por isso, por favor. Se é pra mudar, vamos mudar com classe. É uma sequência de trabalhos, de superação. Nós mesmos nos surpreendemos com o que é passado, nos surpreendemos com o que conseguimos fazer. Como conseguimos pensar em todas essas ideias? Fomos nós mesmos que fizemos isso? Sozinhas? Caramba, foi incrível. Foi incrível receber cada elogio no final, ouvir dizer que foi o melhor trabalho, que a crítica foi passada com sabedoria. É indispensável dizer o quanto cada palavra significa pra gente. É como se o "parabéns" após a apresentação, fosse a finalização de algo que começou a um mês atrás. O trabalho não acaba quando abaixamos a cabeça, agradecemos e saímos do palco. O espetáculo só acaba depois das palmas. Então, posso falar com toda sinceridade existente em mim que isso não foi apenas uma apresentação em público. Foi um espetáculo, realmente, foi uma denúncia, uma explosão de "já chega", foi a vontade de mostrar que somos capazes de fazer melhor, somos capazes de nos superar. E foi uma forma, também, de dizer que qualquer um é capaz. A palavra chave é esforço. Esforço, dedicação, vontade, doação. Se doar de corpo e alma num trabalho de 30 minutos [infelizmente]. Trinta minutos que você leva pra sua vida inteira. O que importa são as ações, e não um dez na caderneta. 


Dani Fechine

08 novembro 2011

07/11/11

Amigos Pela Fé

Quem me dará um ombro amigo
quando eu precisar?
E se eu cair, se eu vacilar,
quem vai me levantar?
Sou eu, quem vai ouvir você
quando o mundo não puder te entender
Foi Deus, quem te escolheu pra ser
o melhor amigo que eu pudesse ter
Amigos, pra sempre
Dois Amigos que nasceram pela fé
Amigos, pra sempre
Para sempre amigos sim, se Deus quiser
Quem é que vai me acolher,
na minha indecisão
Se eu me perder pelo caminho
quem me dará a mão
Foi Deus, quem consagrou você e eu
para sermos bons amigos, num só coração
Por isso eu estarei aqui
quando tudo parecer sem solução
Peço a Deus que te guarde
(que te guarde, abençoe e mostre a sua face)
E te dê a s
ua Paz.
__
Dani, hoje é seu aniversário e por isso faça um desejo, acredite num sonho, abrace o mundo e comemore sua existência. Porque o fato de você existir minha amiga, é realmente algo que deve ser comemorado. Comemore a maravilha de ser você, tire os seus sonhos de dentro do armário e repare como o tempo faz mágica. Pense nos velhos tempos e vire uma página da vida. Hoje é seu dia, tome alegria, brinque à vontade, o que vale é a felicidade. A vida é bela e podes torná-la linda com o teu modo de ser. Muitas felicidades, alegrias, saúde e muitos, muitos anos de vida. Que Deus te acompanhe sempre e ilumine teus caminhos. Saiba que você é especial demais 1para nós e por isso queríamos te dizer essas 6 coisas:

Sonhe! Sonhe o máximo que puder!
"Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém."
Ame! Ame o máximo que puder!
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há."
Nunca, nunca esqueça de quem gosta de ti!
"É tão bom ter alguém pra te ouvir, é tão bom ter alguém que se interesse, que saiba te entender."
Apegue-se sempre a aquilo que te faz feliz, mas se um dia ficar triste, lembre:
"Cada lágrima que cai, fortace-nos mais, sempre seremos teus amigos."
Sorria, sorria sempre, afinal:
"A vida é bonita, é bonita e é bonita."
Nós te amamos, Daniella!
Feliz Aniversário!
__

Amigo Estou aqui - Toy Story


Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Se a fase é ruim
E são tantos problemas que não tem fim
Não se esqueça que ouviu de mim
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os seus problemas são meus também
E isso eu faço por você e mais ninguém
O que eu quero é ver o seu bem
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os outros podem ser até bem melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém, amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração (viu?)
O tempo vai passar
Os anos vão confirmar
Às três palavras que eu proferi
Amigo estou aqui

Amigo estou aqui
Amigo estou aqui

OBRIGADA, IRMANDADE!

07 novembro 2011

Um presente pra você!


Eu sei que você deve está sem entender o porquê de hoje não ser você publicando mais um de seus textos incríveis. E aqueles que achavam que iriam ganhar mais um presente ao vir aqui e ler. Mas assim como vocês que tanto gostam dos textos da Ana Daniella Fechine Leite eu acho que o presente hoje deve ser para ela, concordam? Então, foi aí que tive a idéia de vir aqui publicar algo para você, da mesma forma que você faz. Sei que não é como os seus, mas foi de todo coração... E agora chega de enrolação!
Amiga, te desejo o melhor hoje e sempre, que Deus te livre de todo mal que possa existir, muita saúde,, amor e todas essas coisas boas que te dizem. Que você nunca se esqueça da grande pessoa que você é, e se por acaso isso acontecer não se esqueça que pode me chamar e eu farei te lembrar. A ‘distância’ é um fator que impede de te ver e hoje em especial de desejar tudo isso pessoalmente, mas em relação a nossa amizade sei que ela não afeta. Obrigado por tudo, TE AMO!
Como diz Bruno Gouveia, “É impossível esquecer você...”
Como canta a Nação Flamenguista, “Onde estiver, estarei...”
Como diz a Tati Bernardi, "Vence quem passa por essa vida rindo. E se o preço que se paga por ser um pouco feliz é ser um pouco idiota, dane-se."
Como eu digo, AMIZADE É SER FERA!
                                                   

03 novembro 2011

Se eternizando

Vim criar e recriar um pouco uma história tão longa, de um começo tão antigo, de um meio belíssimo e sem um fim. Uma história de duas amigas unidas, tipo uma completando a outra mesmo, sabe? Tem a extrovertida, que ninguém a conhece sem um sorriso e tem a calada, chata e ignorante que todo mundo já recebeu uma resposta daquelas. Calma, ela não é tão horrível assim. É uma história recheada, eu garanto. Mas não vou contá-la a ninguém. Só quero que saibam que há um laço fortíssimo entre elas, são irmãs, podendo-se dizer. Talvez uma conheça a outra mais do que a si mesmo. Posso afirmar que é assim. Quando eu conseguir convencer a todos do enorme carinho que uma sente pela outra, eu começo a falar o que talvez muitos já saibam. Então, a amizade deve ser de uns 6 anos, mais ou menos. Já houveram brigas pequenas, que no final das contas só fortaleceu o que já cultivavam. Nunca estiveram muito distantes, dobrava a esquina e dobrava a outra e a outra e lá estava a casa. Eram quase vizinhas. Pode-se dizer que uma não existe sem a outra. Quem conhece Fulano já associa a Sicrano. E então num belo dia, uma delas revelou uma notícia, não tão agradável, mas um pouco besta se parar pra pensar com cuidado. Parece que agora, depois de muitos anos, elas iriam se separar. Talvez seja drama demais ou apego demais. Mas de verdade elas iam se distanciar. E agora eu já posso revelar que eu sou protagonista fiel dessa história. Parece que agora, realmente, as coisas iam mudar. Foi só ouvir as palavrinhas: EU VOU ME MUDAR que meu olho começou a lacrimejar. E haja ela dizer que nada ia mudar, que ela iria viver na minha casa, que eu iria pra lá, que não ia sair da escola. Mostrei-me convencida. Mas na verdade eu não aceitei de imediato. Parece coisa de criança mesmo, concordo. Mas é aquela birrinha que a mãe sente pena. É aquela situação que qualquer um ver que um passo de distância já mata de saudade. Poxa, e agora? Se eu quiser chorar, vou ter que correr quilômetros pra poder desabar? Se eu quiser rir, vai ter mesmo que ser por telefone? Tudo bem, tudo bem. Não é pra tanto. Mas e agora? Você vai pra longe, a outra parte do nosso trio também vai pra longe, e eu? E eu? Eu prometo ir te ver todos os dias possíveis, eu prometo subir aquela ladeira nem que seja a pé, nem que eu chegue por lá sem celular, sem relógio [o que é bem provável], eu prometo ser mais firme e deixar de chorar com saudades de você. Se está sendo assim agora imagina depois? Se eu tô chorando escrevendo um texto pra você imagine quando você se mudar de vez e eu escrever sobre como está sendo sem você por perto? Eu já estou sentindo sua falta. Mas eu prometo, eu prometo de coração, que o laço só irá se atar cada vez mais. Vai se eternizar.


Dani Fechine