Não há orgulho maior no peito de um brasileiro do que aquele que pulsa em todos. Ver os cidadãos tomarem as principais avenidas do país é de encher os olhos. E é também uma maneira exaltada de acreditar no amanhã. Acreditar que seremos ouvidos. E educados. Embora alguns poucos acabam por se aproveitar de uma situação de mudança. Vandalismo ao patrimônio público é ignorância.
Não havia uma causa única nesse dia 20 de junho de 2013. O que eu vi foram cartazes com mil e uma reivindicações. E não, isso não é falta de foco. O que vocês estão vendo todos os dias nas ruas do Brasil é apenas uma resposta à ausência governamental para com a educação, que sinceramente, é o ponto principal da questão. Todas as manifestações eram muito válidas. Eu vi estudantes e profissionais de saúde protestarem o Ato Médico, vi a luta pela anulação da PEC-37 e vi os desejos pelo passe livre, redução de passagens e mais conforto nos transportes públicos. Mas o que mais se clamou nas ruas do Brasil e do mundo todo foi a busca incansável pela educação, saúde e segurança. O copo já estava muito cheio. Foi a última gota d'água.
Um país que sedia uma copa do mundo, antes de tudo precisa sediar seus próprios habitantes, seus próprios patriotas. Um país que irá atrair milhares e milhares de turistas de todas as partes do continente, necessita, antes de tudo, de um povo educado. Esse mesmo povo que clamou por melhorias nas bases de um país desigual, é o mesmo que assiste a presidência da república, e outros mais, a usurparem o dinheiro público com estádios de futebol e tudo o que uma copa do mundo requer. Esse povo assiste a esse teatro. Mas não assiste quieto. E enquanto o Governo não investir na educação maciça, a história continuará a se repetir. É muito clichê dizer que "o gigante acordou", mas a verdade é que muita gente nem havia dormido.
Dani Fechine
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