29 dezembro 2011

Novidade pra vocês

Que o blog está com um novo design não é mais novidade. Mas tenho algo que talvez irão gostar. É a Fan Page do blog. Pra quem não sabe, é uma página no Facebook onde vocês [leitores] poderão curtir e ficar por dentro de todas as novas postagens, frases dos textos, e as novidades que poderão vir. Outra novidade é que toda semana terá algo de diferente pra vocês por aqui, algo que saia da rotina. Vai se chamar: Mudando a rotina. Uma anedota, uma crônica, um conto. Algo que saia dessa monotonia do melancólico. Alguns dos textos não serão escritos por mim, o que é ainda melhor, porque divulga a competência de outras pessoas. Então, se você também tiver um bom texto engraçado, divertido, irônico ou qualquer outro que não seja de amor por aí, peço que faça o seguinte: Deixe o texto nos comentários desse post, e avise na Fan Page para que eu venha conferir. O comentário não será publicado, postarei o texto em postagem exclusiva. Irei analisar e postá-lo aqui, uma vez por semana. O primeiro virá no dia 1º de janeiro [NÃO DEIXEM DE VER]. Isso é apenas uma tentativa, se der certo, continuarei com ela. Então, aguardo os textos de vocês. Se eu não receber muitos, ou nenhum, os textos ficam por minha conta mesmo. Beijo enorme e até o próximo post.

Dani Fechine

Infeliz conto de amor

E ela foi embora com a intenção de não mais voltar. Dobrou a esquina ainda pensando em desistir correndo, falando aquelas coisas melosas de filmes de romance, que nenhum mais consegue viver sem o outro. Mas deixou a fantasia de lado e continuou. Não sabia realmente o que tinha feito. Quando uma escolha te machuca é a sua cabeça e o seu coração que sofre. E não voltou atrás. Guerreira ela que conseguiu ser forte o suficiente pra persistir em uma escolha. Ir pra não voltar... Isso é complicado. Ele ficou sentado na calçada, esperando que o caminho até a esquina se alongasse um pouco. Não havia nada mais belo pra ele do que aqueles cabelos longos e pretos se balançando com o vento. E deixou cair uma lágrima. Seus dedos nunca mais sentiriam aquele cabelo, o ombro, a mão. Mais nada. Um para o norte o outro para sul, com a intenção de nunca mais se olharem. Ela por querer aproveitar mais a época dos solteiros. Aliás, bem vindo ao carnaval. E ele por ter sofrido o bastante pra não mais querê-la em sua vida. E assim foi. Cada um do seu lado, vivendo uma vida estranha. Ele resolveu mudar e ser como ela. Não perdia mais festa nenhuma. E nessas horas aparecem mil e um amigos solteiros. “Alô?” “Não importa, vou com vocês.” Aprendeu a beber e entrou naquele padrão da sociedade. Camisa da moda, tênis da moda, cabelo da moda, e claro, não podia faltar o carro com aquele som estrondoso. Seu carnaval foi o melhor de sua vida, segundo ele. Parecia milho em pipoqueira. Ela, como é de se esperar, fez o mesmo. Resolveu mudar e ser como ele. O carnaval? Parecia um milho já pipocado. Ficou em casa, lendo um livro, escrevendo uns textos e chorando as mágoas. Com saudades de alguém que ela escolheu não ter mais. Deixou um para ter vários. Deixou de ser única para ser mais uma. Acabou sentindo falta de ser selecionada. “O quero de volta.” Ela não cansava de repetir a mesma frase com a mesma voz de quem havia chorado a noite inteira. Ele? Nem lembrava mais quem era Rosa, “aquela menina falsa pra quem jurei o meu amor”. Foi embora, de bar em bar, mulher em mulher, até não ter mais dinheiro pra “solteirar” por aí. Namorar custava menos. Ela, depois do carnaval, enfiou a cara nos estudos pra ver se deixava de querer tanto o que não mais devia. Ele parou quieto. Sua fase de farreiro durou pouco, mas aproveitou bem. O suficiente pra esquecer quem não queria mais lembrar. E o destino se encarregou bem de escrever essa história. Tão bem, mas tão bem, que as linhas foram retas o suficiente para nunca mais se cruzarem. Ela, nunca o esqueceu. Ele, nunca esqueceu o que ela o fez passar. A dor sempre muda de lugar. É como enviá-la de volta ao remetente. Quem a fabricou que tome conta. 


Dani Fechine

27 dezembro 2011

Tempo (escrito para uma aula da saudade)


Paro pra pensar se o tempo realmente é algo que devemos fazer reverencia. É um inimigo e um anjo ao mesmo tempo. Nos ajuda a esquecer o que não queremos mais lembrar, mas ao mesmo tempo nos faz fazer uma viagem no passado voltando para aquilo que fazemos questão de viver novamente. Para nós, o tempo será fundamental. Fundamental não só para lembrar cada momento juntos, cada sufoco, cada agonia e cada sorriso que fizemos questão de compartilhar. Fundamental também para nos fazer aprender a conviver com a saudade, que a cada dia vai apertar um pouco mais. Talvez tenhamos que agradecer por este tão maravilhoso recurso, que nos faz perder a cabeça e ao mesmo tempo colocá-la no lugar.
Indispensável dizer que para nós, a partir de hoje, ele passará cada vez mais rápido. Há pouco tempo estávamos aprendendo a ler, a escrever e estávamos construindo nosso então edifício tão valioso: o passado. E parece que conseguimos fazer isso muito bem. Logo em seguida, aprendemos o que é ter responsabilidade, e os professores não nos tinham mais como filhos. A relação se tornou a mais profissional possível. Aprendemos. Aprendemos com o tempo. E de repente nos vemos aqui. Estamos prestes a dar um passo decisivo nas nossas vidas. Não há mais a relação de professor e filho, ou mesmo professor e aluno. Agora é com você. Somos nós contra todo o mundo. E vamos levar isso adiante muito, mas muito bem. E sabe por quê? Porque o tempo nos ensinou a esperar o momento certo, ele nos ensinou, com muita delicadeza e num ritmo curto, a termos a responsabilidade que merecemos e a conviver com cada dificuldade que insiste em aparecer nos nossos caminhos. Vá lá, se não fosse o tempo, eu nem saberia ao menos escrever esse texto.
Para nós, o tempo passou. Passou tão rápido que nunca imaginávamos estar aqui, todos presentes, como uma despedida, uma boa despedida. O tempo nos ajudou a entender o “adeus” como um “até logo”. Nos mostrou que não há caminho tão difícil que não se possa enfrentar.
Dê tempo ao tempo. Não se prenda na idéia de que ele resolve tudo. Precisamos saber usá-lo ao nosso favor. Precisamos do tempo para saber a falta que cada um vai sentir desse momento, e de anos atrás também. É aquela velha história... O tempo vai passar, os amigos não serão mais os mesmos, os caminhos vão se encurtar, talvez nos esqueçamos, talvez não. Cada um pro seu lado, esperando que um dia, a nossas linhas sejam muito tortas para poderem se cruzar. Com o tempo você vai percebendo que suas derrotas são as vitórias mais saborosas, você começa a usufruir dos momentos com o carinho e alegria de uma criança e analisar com a responsabilidade de um adulto. Com o tempo... Você cresce. E você sente falta de quando queria ser adulto. Com o passar do tempo você aprende direitinho a construir sua estrada para o futuro, para não ser tão incerto quanto é. Mas o tempo vai nos mostrar que somos tolos o bastante por acreditar que um dia conseguimos escrever o futuro. O tempo se encarrega de escrevê-lo para nós. Então, hoje, o tempo faz jus ao seu papel. Nessa noite voltamos no passado pra sentir saudade. E daqui a alguns anos faremos o mesmo a respeito dessa noite maravilhosa. Com o tempo, sentiremos saudades. Com o tempo, aprenderemos a conviver sem os risos nossos de cada dia. Aprenderemos, caminharemos, entenderemos... Com o tempo.

Dani Fechine

26 dezembro 2011

Magia do Natal?

 Tudo começa assim: o natal está chegando, preciso de roupas novas e sapatos também. E as pessoas vão a procura de algo que a satisfaçam, de algo que as deixem mais bonitas, arrumadas e com um ar de comemoração. E por aí vai. Ajeitam os cabelos, fazem a melhor das maquiagens, por que aliás, tem que sair bonita na foto né? Compram das comidas mais caras, as mais variadas possíveis, e no dia da ceia se empanturram para no outro dia reclamarem de uns quilinhos a mais. Compram presentes para todos os parentes, e até pra alguns amigos. E, ah, é só uma lembrancinha. Estouram o cartão de crédito, pintam a casa, colocam as belas luzes no jardim de casa e a tão esperada árvore de natal na sala. E aí chega o dia 24. Não é dia de desejar ainda o "Feliz Natal" mas é dia de comemorar. Comemora algo que muitas dessas pessoas nem sabem. Mas vamos comemorar. Não sei o que. Mas vamos. É assim. O pé da árvore já não cabe nenhum friso, já está muito cheia de caixas e embalagens bonitas de presente. Chega a hora do amigo secreto e todo mundo é "uma pessoa muito especial". Em seguida, todos comem as delicias que a vovó faz, e vão pra casa super satisfeitos, esperando por mais uma festa na próxima semana. E a magia? Vocês encontraram no meio dessas palavras? Não, não. A magia do Natal se perdeu em meio aos presentes, as roupas, as comidas. E não se vê mais o brilho natalino tomando conta da cidade e das pessoas. O consumismo tomou um pouco do seu lugar. Mas afinal, o que é a magia do natal? O que é o tão falado espírito natalino? O que faz as pessoas tanto esperarem por essa data? O que faz todos arrumarem a mesma desculpa: "Mas hoje é Natal..."? Talvez seja o ar que passe uma sensação de felicidade. O que é? As pessoas ficam boazinhas nesta data é? O humor muda, o sorriso contagia um pouco mais? Como é que funciona? Os abraços multiplicam juntamente com as saudades, e o perdão começa a ser palavrinha normal, é isso? Ou será que a magia do natal são pozinhos dourados caindo do céu? Acreditaria mais se fosse assim. Os shoppings lotados, as filas enormes, os assaltos triplicados, os desastres maiores ainda, e ainda a esperança de tudo ser diferente. Que contradição. E agora a preparação é para data do branco. A data da renovação, das mudanças. A data da virada. A data que faz as pessoas pensarem que no outro dia tudo mudou. Em uma noite os problemas mudam, as alegrias mudam, os sorriso mudam, as pessoas mudam? Sério? Que tolice. Em uma semana o ano mudará, as esperanças também não serão mais as mesmas, o exagero permanece, óbvio. A incógnita da magia do natal volta no próximo ano, os brilhos do Réveillon também. O espírito natalino cada vez mais extinto e você com o velho cinismo de sempre concordando com toda mudança do mundo. E o clichê mais mentiroso da "esperança de um mundo melhor" continua. E ninguém move uma palhinha para o "mais mentiroso" sair da jogada.  


Dani Fechine

19 dezembro 2011

Um velho ciclo


Olha só, vou te contar uma coisa, aí você me diz se concorda comigo ou não. Quando parece que tudo vai de vento e poupa, quando a paz resolve voltar, quando o coração até muda de nome, quando o sorriso muda de motivo, quando ele não é mais a razão de nada, quando a presença não te incomoda mais, as coisas resolvem virar de ponta a cabeça mais uma vez. Como um estalo de dedos, tudo muda. Mesmo que por um instante, seu coração não é mais o mesmo, seu sorriso voltou a ser pelo motivo antigo, a dúvida paira e Deus sabe bem a tremedeira que você sentiu. Acho que ninguém nunca vai entender o que é olhar pela janela, ver aquele rosto antigo, duvidar do que ver e olhar mais uma vez pra ter certeza. E quando realmente cai a ficha, as pernas já estão mais bambas do que a corda do circo, o estômago está mais embrulhado do que presente pra criança, e você já não sabe mais como sorrir. Você simplesmente não sabe se sorrir pela surpresa ou se chora pelo trágico momento ser tão conhecido e se tornar tão distante. Você, inevitavelmente, faz com que aquela implicância vire apenas um indago de alguém que não se vê ou se repara a muito tempo. As novidades são as mais profissionais possíveis, pessoais nem pensar. Intimidade nunca mais. Abraço nem frouxo. Pra que? Pra você sentir minha tremedeira? Fiquemos longe, melhor assim. Eu faço minha cara de surpresa daqui e você faz a sua que você sabe fazer muito bem. Aquela de que nada nunca aconteceu. E age com a situação de bons e velhos amigos. Coisa que fomos um dia, e que hoje deixamos o "amigos" de lado e passamos a ser bons velhos, amargurados pelos descasos da tentação. Velhos no coração, no diálogo e no apelido também. Aquele velho "velha" de sempre. É facinho de entender. A questão é que se tornou tão simples pra você que a complexidade se esconde de tudo quando as linhas tortas se cruzam sem querer. Na verdade, sempre por querer. Nunca procuro me topar com alguém que vai me deixar confusa até de falar. Alguém que se olhar nos meus olhos vai me fazer voltar uma vida inteira. Não costumo me torturar tanto. Um pouquinho só, como todo mundo. Evito os encontros desencontrados. Vivo cruzando com eles. Mas deixo esses só para os eventuais retornos. Que de um tempo atrás em diante foi colocado um ponto final. Finalmente a contra-capa foi finalizada. No livro não se escreve mais. Mas aí você vem com aquela cara de sempre de que tá gordinho mas tá bonito e mostra pra que veio. Faz aquela de que tem compromissos, como sempre fez, mesmo sem ter, e vai embora como se mais uma vez nada tivesse acontecido. Aí, como é de se esperar de alguém que nunca soube o que queria, no outro dia ele passa por você e finge que não te vê, que não te conhece e que nunca te beijou. E vai. Vai pra ninguém perceber que ele quer falar com você, mas não pode. Não pode, não deve, não necessita, não precisa. Meia volta ele resolve dar uma passada nesse blog que não é lá essas coisas maravilhosas, e dá de cara com um texto desses. Sente raiva, fala mal até pra quem não deve, e depois de milênios volta novamente, quem sabe pra pedir um favorzinho. Ou talvez alguém viu o texto e mostrou a ele. É, é... A probabilidade da segunda opção é bem maior. Mas o que quero dizer é que isso tudo é um ciclo. Que no final você sempre some mesmo. Sempre muda, sempre vai. E que não me importa mais nenhum pouco as suas infinitas e não verdadeiras intenções. Vai, vai. Continua indo. Mas ver se dessa vez muda o clico. Vá, mas continue lá. Bom te ver, infelizmente


Dani Fechine

12 dezembro 2011

Estranhas palavras

Eu quero não sentir nada. Quero não saber o que é um frio na barriga quando sequer vejo o nome. Não quero mesmo ouvir o toque de mensagem do celular e correr pra dá uma olhada, com uma ponta de esperança que todo mundo tem. Eu não quero sentir o arrepio que vai do primeiro fio de cabelo até o dedão do pé, só porque ouvi alguém comentar sobre ele. Não quero ter que te decifrar. Decifrar cada letra, cada palavra e cada expressão sua. É difícil decifrar o desconhecido. Sinceramente, eu quero voltar. Quero voltar pro nada que havia, pro nada que se fez tudo por um tempo. O nada que eu tanto reclamava existir. Quero não precisar me desesperar por não saber o que falar. Quero dizer um não sem me importar com mais nada. Muito menos sem me arrepender. Eu, e está bastando, quero jogar esse sentimento fora. Que coisa mais chata. Ficar feliz por qualquer coisa que é dita, se derreter toda por que quando ele sorri os olhos se fecham, achar lindo o que é feio só porque está nele. Me poupe. Meloso demais, bonitinho demais, fofinho demais. Dizer que estou apaixonada? Que coisa estranha. O nada se perdurou por tanto tempo que eu nem sei mais o que é isso. Embrulha-me o estômago. Eu não queria. Não quis. Mas parece que você irradia um veneno muito forte, que mesmo muito longe consegue me atingir. Acho que é por isso que você sorri tanto. Pra atingir os outros. Mas não sei se você sabe... É que eu sou fissurada em sorrisos. Quero dizer que é covardia você sorrir pra mim, ainda mais com essa poção mágica de algum feitiço que você joga junto com ele. É covardia você vir, eu não perceber, você voltar e eu querer. É muita covardia sua me fazer insistir. Não me encaixo nessa situação. Isso realmente não é pra mim. Mas parece que quanto menos isso me identifica mais eu devo ir fundo. Não é da minha lei ir atrás do que não me convém. Mas isso me convém tanto que pouco me importa o arrependimento depois. Convém-me o máximo possível pra que eu faça o mínimo que já pensei fazer. Convém-me tanto, que eu já até deixei, por alguns minutos, de ser eu mesma e me perdi numa pessoa onde nunca havia conhecido. É tão estranho que me faz querer ser eu. Não quero me perder em alguém desconhecido de novo. A sensação que vem depois é terrível. Mas quero me perder em você sem deixar de me encontrar. Eu quero que seja difícil, mas que eu consiga. Não quero mostrar nunca o que não sou. Então não me faça insistir mais um pouco. Não quero sentir nada. Nada que me faça ser sozinha, compartilhar sozinha, sentir sozinha. Não quero sentir nada que você também não sinta. Quero voltar a escrever coisas lindas. Coisas lindas que não doem. E que mude. Que volte. Que permaneça. Fique.

Dani Fechine

11 dezembro 2011

Rebuliço sem nexo


Cá estou eu, sentada na poltrona da sala com uma brisa leve batendo em meu rosto. Sempre que me encontro nessa situação de que nada mais pode me atingir, apenas o vento que me bate sem eu ao menos perceber, abro a página de rascunhos do blog e me coloco a escrever. Talvez hoje eu tenha muita coisa pra falar, pra refletir. Talvez eu tenha muita coisa pra pensar, pra quem sabe até agir. Tenho um verdadeiro nó em minha cabeça. E vou te contar, tá muito fácil de desatar, só preciso de uma mãozinha. Estou de um jeito que achei que nunca mais me encontraria assim. Estou sentindo algo que faz tanto tempo que não sinto que ate parece novo. E realmente deve ser. Deve ser tão novo, mas tão novo que não sei o que fazer. E quando você se perde no meio de tantas palavras, de tantos acontecimentos e de milhões de sorrisos, você, simplesmente, se perde em si. Milhões de sorrisos e apenas um na sua frente. Sempre fui muito fascinada por eles. Ao ponto de me apaixonar por tal. Não sei explicar o porque, mas prefiro os sorriso aos olhares. Me escondo atras dos meus óculos escuros e vejo tudo que o meu olhar capta. Interessante é que ele vai diretamente para os dentes brancos sorrindo de ponta a orelha. Costumo me entender quase sempre. Costumo saber exatamente o que se passa. Faço aquela de desentendida pra mim mesmo, sabendo que no fundo entendo cada dúvida que eu tenho. Mas confesso não ter mais certeza de nada. Sei que o que se passa hoje é algo que me deixa muito leve e bem. Apesar da agonia tremenda que nunca me abandonou. Faz questão de andar sempre ao meu lado. Nao a espuço porque sei que sem ela eu jamais confirmaria o que sinto. Me conheço como a palma da minha mão. Sei exatamente cada ponta de sentimento que quer surgir ou desaparecer. E sei também qundo se deve aflorar. Infelizmente eu só sei, não comando nenhum desses volantes que, sinceramente, gostam um pouco da contra-mão. Andam meio errados. Mas me fazendo bem. Se é que isso consegue se igualar. O vento esta ficando frio, é melhor me retirar. E no meio de tanto rebuliço, de tanta falta de nexo, de tantos assuntos remendados, eu só deixo a afirmação de que quando sento nessa poltrona a minha vida passa por mim. As ideias nunca estão no lugar. Mas sempre muito em ordem.


Dani Fechine

07 dezembro 2011

"Tudo que se vê não é"

Paro pra pensar e me pego em alguns meses atrás. Ai então volto pro meu presente. Remexo em fotos passadas e observo que hoje nem fotos existem. Enfim concluo como as coisas mudam em um curto espaço de tempo. Meses atrás estava todo mundo muito feliz e numa situação completamente diferente da atual. Não quero agora a infelicidade tenha batido. Mas está tudo muito misturado, muito frio, muito seco. Não vejo mais sorrisos como antigamente. Não vejo mais abraços sinceros como eu vi tempos atrás. Eu não vejo sequer um amor verdade nascer novamente. Será que os que haviam morreram? Ou simplesmente se esconderam, adormeceram mais uma vez? Sabe aquela imagem que a gente ver em filme, quando o cupido lança a flexa e separa os casais? Sem brincadeira, parece que isso realmente aconteceu ou acontece com todo mundo. Se a gente pegar uma foto de um passado digamos que bom o bastante pra ser feliz e trazê-la para o presente totalmente invertido, acabamos por esquecer o motivo por tudo aquilo ter-se feito fim. Seriam máscaras de um sorriso sincero? Ou seria realmente a felicidade estampada no rosto de cada um? Parecia tudo muito bem. E num simples estralar de dedos as bocas se fecharam, os dentes deixaram de ser mostrados e as rugas de expressão não mais existiam. As pessoas parecem que mudaram seus lugares nas fotos e algumas parecem que resolveram colocar uma tarja preta no rosto por que "Meu Deus, esse não é mais o meu lugar". Outras nem parecem que um dia cogitaram ser felizes pra vida inteira. Juntos. Será que é realmente possível nada mais existir? Será que realmente as coisas mudam e nós nem percebemos? Mudanças drásticas passam por nós e são nas recordações dos momentos que passaram que a gente ver o quanto o que era reto se fez torto. Tão torto que se torna quase impossível de se igualarem novamente. Podem se cruzar, por uma curva qualquer do destino. Mas se igualar ao que já foi... Nunca. E daqui há um tempo ocorre a brilhante possibilidade de eu pegar esse texto, ler, reler e me perguntar de onde eu tirei tanta babaquice. Ou simplesmente de responder pra mim mesma que isso tudo é absolutamente a maior verdade que eu pude escrever. A mudança. E o que era meses atrás pode voltar a ser meses depois, anos depois. Mas hoje, não. Hoje guardo isso. Guardo as memórias e as fotos de um ciclo onde sorrisos não cessavam, onde abraços não eram contratos, e onde o amor se encontrava. Hoje não sei se me engano para achar tudo isso muito bom. Ou se deixo cair a ficha pra um futuro próximo um pouco diferente do que esperávamos. Mudanças estão por vir. E sempre estiveram. Agora eu tenho certeza. E concordando plenamente com o gênio Lulu Santos eu digo e repito cada letra que ele fez questão de cantar: "Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia."


Dani Fechine

05 dezembro 2011

Querido Papai Noel,


Não é porque não sou mais criança que deixo de te escrever. Venho através desta carta te pedir as melhores coisas do mundo. Venho te pedir que a criança que mora dentro de mim jamais me abandone e que sempre se aflore. Peço-te um coração desta e a razão de um adulto. Quero praia a tardinha, anúncio de pôr-do-sol, abraço na beira-mar e felicidade pra contemplar. Quero que o que eu já tenho, permaneça, e o que me falta, me engrandeça. Quero que isso que me falta — paciência, paz, paciência e tudo que eu acho que me falta  venha no tempo certo, mas que venha. Que venha e que me mude. Que me alegre, que me faça reviver o que já foi e que nem passou ainda. Que o que me amargurou fique bem lá atrás. Tão atrás, tão passado, tão 'já era' que eu não lembre nunca mais. E que os motivos que me fizeram sorrir apenas se multipliquem, tripliquem, quadrupliquem. Apenas que existam.
Querido Papai Noel, eu quero apenas que o senhor venha. Que desça pela chaminé e me traga a magia do natal. Que exista o pozinho dourado, e que ele brilhe, mas brilhe muito e me faça sonhar um pouco com tudo. Que me faça sonhar e realizar. Realizar e aproveitar. Aproveitar e viver mais um pouco num sonho onde não acordar é a regra. Que eu encontre um presente no pé da minha árvore de natal. E que não seja nada. Mas que venha embrulhado num belo papel vermelho com uma linda fita dourada.
Noel, eu não te peço mais uma bicicleta, um computador ou uma boneca. Não te peço que me traga guloseimas nem a casinha da Barbie. Eu só quero que venha e faça acreditar novamente no que não existe. Quero que meu pai se fantasie de você, caso o bom velhinho tenha muitos presentes a entregar e não possa vir à minha casa. Quero que minha mãe ache tudo muito engraçado porque eu acreditei que meu pai era o famoso velhinho com barba branca. Quero procurar meu presente por toda casa e no final das contas achá-lo embaixo da minha cama.
E quando enfim eu acordar disso tudo eu quero que tudo isso tenha me deixado super satisfeita com o meu natal. Porque eu não quero apenas a festinha com a família reunida e a famosa ceia de natal. Eu quero que isso tudo seja real. E o que é real, logicamente, não é falso. Eu quero que os sorrisos sejam sinceros e que os abraços sejam apertados. Quero que os votos sejam os melhores e os mais generosos possíveis. Aceito também um "Feliz 2012" muito clichê, se for o caso, se for sincero.
E quando o Réveillon chegar e o ano enfim mudar, eu desejo ter as pessoas que eu amo ao meu lado. Eu peço de Natal um abraço apertado de cada um que considero os meus irmãos, peço a presença de todos que fizeram o meu ano de 2011 o melhor possível. E que mesmo não parecendo, eu agradeço todos os dias por ter cada uma dessas pessoas comigo. Eu peço ao senhor, querido Noel, que a mudança seja clara. Que a de 2012 não seja tão igual a de 2011, mas que o que for bom fique. Então, se por um acaso você realmente vier, eu te peço que traga um pacote enorme de fé, esperança, paz e muito amor. Amor pra levar a vida até eu te escrever outra cartinha e você trazer a magia novamente. Amor o suficiente pra aguentar a vida, que não é por ter 17 aninhos que ela é tão fácil. Eu te peço amor pra tê-lo de volta. E não pra que ele venha aumentar o que já tem. Mas que ele retorne. Traz a vida novamente, Noel.
Tenho sido uma boa menina. E é por isso que sei que o meu querido papai Noel jamais me deixará. Estou deixando a porta aberta. Entre pela frente, por favor.


Com o mesmo amor e a saudade de sempre,
Dani Fechine.

01 dezembro 2011

Prestigiando a Paraíba

Amorério




Minha alma vestida em verdadeiro trauma
Cada ponto que eu traço é um beijo jogado em vão
Cada vôo mais alto, mais duro é provar o chão
Meu amor de viver é tão grande
É um desafio a toda a minha calma
Meu amor é grande, bem maior que eu
Amar, eu preciso amar tudo
Amar o que eu penso e o que não penso
E quem sabe até deixa sobrar amor pra mim também
Tanto amor disparado a todo instante
Quem bem sabe o bem de minh'arma se expões e ainda mostra o peito
E quem usa o arsenal de minh'alma por mim tem o maior respeito
Tanto amor amado à toa é minha Hiroshima sem saber aonde explodir
Explode em meu peito e os cacos de mim, se atirados ao Ponto Cem Réis
Que sejam restos de feira ou dados de Ibope no chão
Mas serão amor-primeira-página
Meu amor, se exposto em out-door gigante
Fatalmente será confundido com slogan de refrigerante
Se falado no rádio parece poema de poeta louco
Meu amor, se visto em filme, só será aplaudido na
morte do bandido
Se for bem sangrenta e arrancar do cinema
Aplausos e risos de quem consegue
Ter ódio nas veias e sangue na boca
E ninguém vai ver meu filme de amor
Amar demais até parece mal
Mas nenhum outro mal me faz tão bem!!!
 Adeildo Vieira  é compositor do nordeste brasileiro, nascido na cidade de Itabaiana, estado da Paraíba. Iniciou sua trajetória musical em 1984, desenvolvendo projetos culturais de natureza coletiva no Musiclube da Paraíba, entidade de músicos e compositores paraibanos por onde passaram artistas como Pedro Osmar, Chico César, Milton Dornellas, Paulo Ró, Escurinho, entre outros. 
cds/dvds: "Há Braços" e "Diário de Bordo"

30 novembro 2011

Aprenda a lição


Há muito tempo não falo sobre mim. Nem pra mim mesma. É como se nada tivesse acontecendo. Exatamente nada. E nenhum sentimento mais existisse. Mas é tudo muita loucura da minha cabeça. Sentimento aqui dentro é o que não falta. Eles só andam meio escondidos. E uns afloram tanto que não consigo decifrar quais são. Amo muito e muito pouco. Ou estou feliz demais ou triste demais. E se alguém sorrir pra mim sem motivo, eu devolvo com um sorriso amarelo. Ando assim. Sem senso fixo, sem nada de muito bom pra falar, pra mostrar. Pra demonstrar. Ando sem acontecimentos que me passem a boa sensação de dia proveitoso. Aquela sensação de: "Essa vai pro blog." E eu sei que basta querer para isso tudo mudar. Mas basta querer parar de sentir. Parar de não sentir mais nada. Parar de esperar, parar de querer o que não se deve querer. Tem que parar de achar que tudo mudou. E que ainda vai mudar. Não mudou nada. É só difícil de aceitar que sempre foi assim, e que a única coisa que ficou diferente foi a presença. Que agora não existe mais. Ausência. Nada mudou. Mas pode mudar. Pare pra pensar. Tudo depende de você. Pra mudar o que está dentro de você, basta querer. E o seu querer não depende de mais ninguém. Apenas da vontade de não querer mais. É tudo muito complicado, mas muito fácil de entender. E mesmo querendo muito, tentando muito, sentindo muito, hoje eu anda acordei como se nada tivesse acontecido, como se tudo isso fosse muito normal pra alguém no meu estado. Eu acordei como se o que aconteceu ontem, tivesse sido parte de um sonho, e que a gente só lembra lá pro meio ou final do dia. O choro de ontem ficou na minha almofada rosa, e evaporou. Tudo isso porque as lágrimas que caíram não foram as mesmas de sempre. Havia um sentimento diferente que, eu posso confessar, eu não faço a mínima ideia de qual seja. Mas custo pensar que ainda seja amor. Acho que misturou a falta, e um passado, digamos que bom. Misturou toda uma história, todos os acontecimentos, e tudo que foi dito antes me fez perguntar a mim mesma: Como tudo isso pôde ser dito ontem, e hoje nada mais existir? É muito fácil falar o que realmente acontece: As pessoas mudam e seguem em frente. Trate você de se acostumar. É assim mesmo. E você deve saber que isso tudo é verdade. Como dizia Dinho Ouro Preto: "Como se sente, de volta ao começo? As falhas, os erros, tudo tem preço."


Dani Fechine

25 novembro 2011

Palavras mágicas de Steve Jobs


"Você tem que encontrar o que você ama.
Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos.

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.
Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.”
Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.
Eu não tinha ideia do que queria fazer na minha vida e menos ideia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.
Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.
Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.
Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.


Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.
E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.
Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício].
Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.
A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.
E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.
Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.
Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.
Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.

Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.
Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.
Eu fiquei com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e hoje estou bem.
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.
Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.

O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.
Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.
Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:

“Continue com fome, continue bobo.”

Foi a mensagem de despedida dele. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.
Obrigado."

Steve Jobs em discurso aos formandos da turma de 2005 da Universidade Stanford.


(Aqui você encontra o vídeo.)

23 novembro 2011

Ele sempre vai embora pra descobrir quem ele é, ou para lembrar que ele é o mesmo de sempre que não sabe quem é, ele sempre vai embora antes da gente ser alguma coisa juntos.

19 novembro 2011

"Nossa, como você cresceu!"

E de repente a gente se pega dizendo: "O tempo voa, não é mesmo?" E como voa. As pessoas crescem mais rápido do que pensávamos, elas se tornam pessoas melhores do que tentamos fazer. E algumas mudam mais do que esperávamos mudar. Assim são as crianças. Ela nasce parecendo algo insignificante. Mas nasce com a luz de transformar os ambientes. E com você, minha princesa, foi mais que isso. Você veio exatamente ao pé da letra, porque QUERÍAMOS que você viesse. Você veio para alegrar a vida de duas pessoas com papéis fundamentais na sua vida. Vou trouxe a vida delas. Você renasceu os seus pais. Você trouxe luz, paz e alegria. Deixou um sorriso estampado em cada rosto de alguém que precisava sorrir um pouco. Você veio pra mudar. E mudou. Você recriou uma família. E se tornou peça insubstituível. Eu posso afirmar. Aí você foi crescendo, crescendo, e eu pude presenciar o seu primeiro sorriso. É a tal 'felicidade que transborda'. Nunca havia visto coisa mais linda e sincera. Sincera e absolutamente real. É na dificuldade de encontrar certas coisas que a gente dar o valor merecido a elas. E eu aproveitei esse momento como se você não fosse mais sorrir. Mas aí eu tive o privilégio de ser presenteada com essa bênção todos os dias. E você não parou de evoluir. Deu os primeiros passos perto de mim, a primeira palavra próximo ao meu ouvido, e o primeiro dentinho eu também vi nascer. Eu vi a sua alegria ao vestir a farda e ir para o primeiro dia na escolinha. E o que foi incrível, eu vi você não chorar ao passar pelo portão. Eu vi você ler a primeira palavra. Juntar as primeiras sílabas. Eu pude brincar com você sem me importa com a minha idade ou com o meu tamanho. Eu pude aproveitar cada passo seu. E eu pude voltar pra minha infância por sua causa. Eu pude reviver o que a muito tempo não vivia. Obrigada, minha flor, por tudo que faz por mim. Hoje eu percebo que és a causa de todas as coisas boas que acontecem nessa família. E vendo você crescer, presenciando tudo que você passou, ouvindo todas as suas palavras, seria impossível não me emocionar ao ver você se formar. Há coisa mais bela do que a formatura do ABC? É a mudança de uma fase. É subir mais um degrau e assim seguir em frente. E ainda ouvir: "Meu Deus, como ela cresceu." Isso dá um nó na garganta e só nos resta derramar uma lágrima. Lágrima de alegria. E agora aguardo, ansiosamente, as suas próximas aventuras. "De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce do que as crianças?"

Dani Fechine

17 novembro 2011

Cartas pra saudade


Esse não é mais um post especial número infinito. É um post especialíssimo. Vim te escrever. Coisa que não faço todos os dias com as minhas mãos, mas com a mistura de palavras na minha cabeça, faço a todo momento. Eu vim não só te parabenizar. Vim, e como principal motivo, te falar das saudades que eu sinto. Te lembrar, talvez, daquelas tarde maravilhosas de estudos, que sorríamos mais do que estudávamos, mas sempre fazíamos as contas. Você vai entender cada entre linha que eu colocar aqui, eu tenho certeza. Eu sinto saudades ATÉ das suas discordâncias comigo, o que era muito pouco. Sinto falta de falar da Dragão, e ah, você não sabe da novidade: Ela agora tem um novo apelido criado por nós. Sinto saudades dos medos e das inseguranças quando andávamos nas ruas, sozinhas. Hoje eu continuo sentindo isso, mas é como se faltasse algo pra tornar aquilo um pouco divertido. Tenho aquela minha melhor amiga, que Meu Deus, ela ocupada todos os lugares vazios que você deixou. Agradeço muito por tê-la por perto. Sabe do que eu sinto muita falta também? Das caronas que eu recebia do Mimi. Evitava eu andar tanto no sol e o que era melhor: antecipava a hora de te ver. Amiga, eu morro de saudades de você. É aquela falta que nem tudo preenche. Saudades de te ver chegar na aula sempre com um sorriso no rosto, de poder olhar pra trás e te ver na carteira de trás e poder contar tudo com aconteceu ontem e falar de certas pessoas através de códigos e rir e lembrar e chorar e sentir saudades juntas de outras pessoas. Hoje eu olho pra trás e sabe o que vejo? Uma parede. Mas confesso que a visão do lado e da frente é bastante confortante.  Saudades de te amparar também. É preciso falar do nosso magnífico trabalho? É preciso lembrar que fomos nós que marcamos a seccin 2009? É preciso mesmo voltar no tempo e te fazer recordar dos ensaios, da correria pra conseguir a roupa, das ligações para conseguirmos ajuda? E você quer mesmo que eu fale do que sentimos no final? Das memórias que ficaram, das alegrias? Lembra do nosso Mestre? Não, não. Eu não preciso te fazer lembrar de nada disso. Eu sei que em você tudo isso ficou. E é totalmente indispensável falar da falta que você fez no ano posterior. E eu acho isso tudo, ainda que trágico, muito lindo. Essa saudades, essa distância, essa amizade, é, apesar de todos os quilômetros, a coisa mais doce que poderia acontecer. Doce porque você foi, mas algo te fez ficar. Alguma coisa não te deixou ir pra Brasília por inteiro. Uma parte sua ta aqui. Pelo menos em mim ainda se encontra pedaços de Rafaela. E não é a divisão de Região que vai me fazer distante. Eu ainda sinto a necessidade incontrolável de olhar pra carteira de trás e contar as novidades. É o mesmo sentimento. Mas agora eu preciso te achar online nessas redes sociais pra poder te pedir conselhos, te contar como estão as coisas, saber se estar tudo bem. Agora eu preciso que esses sinais dessas operadoras peguem com perfeição. Antes só precisávamos de nós mesmo para nos comunicar. Agora dependemos de quase tudo. Isso é que é trágico. E doce. Porque ainda assim não nos afasta. Então, Brasília Amarela, eu não vi data mais importante e especial que essa pra deixar a sua marca no meu Blog. É o dia ideal pra dizer o quanto eu amo você. E te dar os parabéns, te desejar toda felicidade do mundo, muito amor, muita paz e força. Te dizer que sempre que você achar que está caindo, algo vai te levantar. E eu vou te ajudar nessa subida. Quero te dizer também que todos aqueles sonhos que você tem e que você passou pra mim, sejam realizados. No tempo certo, eu sei que vão. E quando isso acontecer, espero estar ao seu lado pra viver o que você desenhou junto comigo. Eu te amo muito e não é pelo fato de não poder te abraçar agora que você não vá sentir o abraço apertadíssimo que eu desejo te dar agora. Dá um tempo Rafa, volta pra cá.


Dani Fechine, para a minha maior saudade.

13 novembro 2011

Um post especial - 4 (Teatro de Fantoches)

Não foi e não se trata apenas de uma data ou uma nota. Não é apenas uma apresentação ou uma equipe. É uma família. Uma família como todas as outras, que não vive apenas de flores e possui, sim, suas desavenças. É exatamente uma família, com pai, mãe e filhos. Se é que você entende a posição de cada um nesse meio tão diferente. É uma família que trabalha em grupo. E faz cada gota de suor valer a pena no final. Posso dizer também que não são apenas 30 minutos. São meses de trabalho, de esforço, de abdicações. Meses de preocupações, de ensaios. Tudo, mas tudo mesmo, para sair do comodismo, como já ouvi dizerem por aí. Sair daquilo que é feito sempre, e por esse motivo, é mais fácil de se fazer e de terminar. Mas já que é pra perder tempo, vamos perder tempo com algo bem feito. Vamos construir uma apresentação. E não passar fotografias e vídeos em slides. Vamos dar vida ao que se chama de seminário. Mas vamos dar a vida por isso, por favor. Se é pra mudar, vamos mudar com classe. É uma sequência de trabalhos, de superação. Nós mesmos nos surpreendemos com o que é passado, nos surpreendemos com o que conseguimos fazer. Como conseguimos pensar em todas essas ideias? Fomos nós mesmos que fizemos isso? Sozinhas? Caramba, foi incrível. Foi incrível receber cada elogio no final, ouvir dizer que foi o melhor trabalho, que a crítica foi passada com sabedoria. É indispensável dizer o quanto cada palavra significa pra gente. É como se o "parabéns" após a apresentação, fosse a finalização de algo que começou a um mês atrás. O trabalho não acaba quando abaixamos a cabeça, agradecemos e saímos do palco. O espetáculo só acaba depois das palmas. Então, posso falar com toda sinceridade existente em mim que isso não foi apenas uma apresentação em público. Foi um espetáculo, realmente, foi uma denúncia, uma explosão de "já chega", foi a vontade de mostrar que somos capazes de fazer melhor, somos capazes de nos superar. E foi uma forma, também, de dizer que qualquer um é capaz. A palavra chave é esforço. Esforço, dedicação, vontade, doação. Se doar de corpo e alma num trabalho de 30 minutos [infelizmente]. Trinta minutos que você leva pra sua vida inteira. O que importa são as ações, e não um dez na caderneta. 


Dani Fechine

08 novembro 2011

07/11/11

Amigos Pela Fé

Quem me dará um ombro amigo
quando eu precisar?
E se eu cair, se eu vacilar,
quem vai me levantar?
Sou eu, quem vai ouvir você
quando o mundo não puder te entender
Foi Deus, quem te escolheu pra ser
o melhor amigo que eu pudesse ter
Amigos, pra sempre
Dois Amigos que nasceram pela fé
Amigos, pra sempre
Para sempre amigos sim, se Deus quiser
Quem é que vai me acolher,
na minha indecisão
Se eu me perder pelo caminho
quem me dará a mão
Foi Deus, quem consagrou você e eu
para sermos bons amigos, num só coração
Por isso eu estarei aqui
quando tudo parecer sem solução
Peço a Deus que te guarde
(que te guarde, abençoe e mostre a sua face)
E te dê a s
ua Paz.
__
Dani, hoje é seu aniversário e por isso faça um desejo, acredite num sonho, abrace o mundo e comemore sua existência. Porque o fato de você existir minha amiga, é realmente algo que deve ser comemorado. Comemore a maravilha de ser você, tire os seus sonhos de dentro do armário e repare como o tempo faz mágica. Pense nos velhos tempos e vire uma página da vida. Hoje é seu dia, tome alegria, brinque à vontade, o que vale é a felicidade. A vida é bela e podes torná-la linda com o teu modo de ser. Muitas felicidades, alegrias, saúde e muitos, muitos anos de vida. Que Deus te acompanhe sempre e ilumine teus caminhos. Saiba que você é especial demais 1para nós e por isso queríamos te dizer essas 6 coisas:

Sonhe! Sonhe o máximo que puder!
"Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém."
Ame! Ame o máximo que puder!
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há."
Nunca, nunca esqueça de quem gosta de ti!
"É tão bom ter alguém pra te ouvir, é tão bom ter alguém que se interesse, que saiba te entender."
Apegue-se sempre a aquilo que te faz feliz, mas se um dia ficar triste, lembre:
"Cada lágrima que cai, fortace-nos mais, sempre seremos teus amigos."
Sorria, sorria sempre, afinal:
"A vida é bonita, é bonita e é bonita."
Nós te amamos, Daniella!
Feliz Aniversário!
__

Amigo Estou aqui - Toy Story


Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Se a fase é ruim
E são tantos problemas que não tem fim
Não se esqueça que ouviu de mim
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os seus problemas são meus também
E isso eu faço por você e mais ninguém
O que eu quero é ver o seu bem
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os outros podem ser até bem melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém, amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração (viu?)
O tempo vai passar
Os anos vão confirmar
Às três palavras que eu proferi
Amigo estou aqui

Amigo estou aqui
Amigo estou aqui

OBRIGADA, IRMANDADE!

07 novembro 2011

Um presente pra você!


Eu sei que você deve está sem entender o porquê de hoje não ser você publicando mais um de seus textos incríveis. E aqueles que achavam que iriam ganhar mais um presente ao vir aqui e ler. Mas assim como vocês que tanto gostam dos textos da Ana Daniella Fechine Leite eu acho que o presente hoje deve ser para ela, concordam? Então, foi aí que tive a idéia de vir aqui publicar algo para você, da mesma forma que você faz. Sei que não é como os seus, mas foi de todo coração... E agora chega de enrolação!
Amiga, te desejo o melhor hoje e sempre, que Deus te livre de todo mal que possa existir, muita saúde,, amor e todas essas coisas boas que te dizem. Que você nunca se esqueça da grande pessoa que você é, e se por acaso isso acontecer não se esqueça que pode me chamar e eu farei te lembrar. A ‘distância’ é um fator que impede de te ver e hoje em especial de desejar tudo isso pessoalmente, mas em relação a nossa amizade sei que ela não afeta. Obrigado por tudo, TE AMO!
Como diz Bruno Gouveia, “É impossível esquecer você...”
Como canta a Nação Flamenguista, “Onde estiver, estarei...”
Como diz a Tati Bernardi, "Vence quem passa por essa vida rindo. E se o preço que se paga por ser um pouco feliz é ser um pouco idiota, dane-se."
Como eu digo, AMIZADE É SER FERA!
                                                   

03 novembro 2011

Se eternizando

Vim criar e recriar um pouco uma história tão longa, de um começo tão antigo, de um meio belíssimo e sem um fim. Uma história de duas amigas unidas, tipo uma completando a outra mesmo, sabe? Tem a extrovertida, que ninguém a conhece sem um sorriso e tem a calada, chata e ignorante que todo mundo já recebeu uma resposta daquelas. Calma, ela não é tão horrível assim. É uma história recheada, eu garanto. Mas não vou contá-la a ninguém. Só quero que saibam que há um laço fortíssimo entre elas, são irmãs, podendo-se dizer. Talvez uma conheça a outra mais do que a si mesmo. Posso afirmar que é assim. Quando eu conseguir convencer a todos do enorme carinho que uma sente pela outra, eu começo a falar o que talvez muitos já saibam. Então, a amizade deve ser de uns 6 anos, mais ou menos. Já houveram brigas pequenas, que no final das contas só fortaleceu o que já cultivavam. Nunca estiveram muito distantes, dobrava a esquina e dobrava a outra e a outra e lá estava a casa. Eram quase vizinhas. Pode-se dizer que uma não existe sem a outra. Quem conhece Fulano já associa a Sicrano. E então num belo dia, uma delas revelou uma notícia, não tão agradável, mas um pouco besta se parar pra pensar com cuidado. Parece que agora, depois de muitos anos, elas iriam se separar. Talvez seja drama demais ou apego demais. Mas de verdade elas iam se distanciar. E agora eu já posso revelar que eu sou protagonista fiel dessa história. Parece que agora, realmente, as coisas iam mudar. Foi só ouvir as palavrinhas: EU VOU ME MUDAR que meu olho começou a lacrimejar. E haja ela dizer que nada ia mudar, que ela iria viver na minha casa, que eu iria pra lá, que não ia sair da escola. Mostrei-me convencida. Mas na verdade eu não aceitei de imediato. Parece coisa de criança mesmo, concordo. Mas é aquela birrinha que a mãe sente pena. É aquela situação que qualquer um ver que um passo de distância já mata de saudade. Poxa, e agora? Se eu quiser chorar, vou ter que correr quilômetros pra poder desabar? Se eu quiser rir, vai ter mesmo que ser por telefone? Tudo bem, tudo bem. Não é pra tanto. Mas e agora? Você vai pra longe, a outra parte do nosso trio também vai pra longe, e eu? E eu? Eu prometo ir te ver todos os dias possíveis, eu prometo subir aquela ladeira nem que seja a pé, nem que eu chegue por lá sem celular, sem relógio [o que é bem provável], eu prometo ser mais firme e deixar de chorar com saudades de você. Se está sendo assim agora imagina depois? Se eu tô chorando escrevendo um texto pra você imagine quando você se mudar de vez e eu escrever sobre como está sendo sem você por perto? Eu já estou sentindo sua falta. Mas eu prometo, eu prometo de coração, que o laço só irá se atar cada vez mais. Vai se eternizar.


Dani Fechine

27 outubro 2011

Nota de esclarecimento

Sendo este um blog por excelência, venho por meio deste post informar o que para muitos vem sendo distorcido. Se faz um blog para escrever algo que pode ter sido escrito por você ou por qualquer outra pessoa. No meu caso, são textos de desabafo. A palavra chave está aí. D-E-S-A-B-A-F-O. Não escrevo para uma pessoa particular, muito menos pra atingir outra. A situação é que, se você faz ou fez parte da minha vida, é muito provável que encontre algo que te envolva por aqui. É escrever para não implodir. Escrever para não explodir interiormente. Escrever para jogar tudo pra fora. Logo, se você deixou alguma coisa enterrado dentro de mim, vai ser muito fácil de o 'você' ser exatamente você. Mas não escrevo pra atingir uma terceira pessoa. Eu escrevo pra mim, e é isso que é mais complicado de todo mundo entender. Escrevo para o meu bem estar e nada mais. Se você não gostou, ou sentiu-se atingido[a] ou quem sabe até teve a certeza de que eu estava falando de você, desculpe-me, mas eu continuarei fazendo isso. Se a forma que vocês tem de expressar sentimentos é com atitudes incabíveis a várias situações, a minha é a mais apropriada para qualquer momento. O blog foi apenas uma forma de guardar todos os meus textos. Não posso negar que também foi uma forma de expor o que muita gente elogia. É como já disseram uma vez, sobre ISSO que coloco nessa página: "Acho bonito porque ela expõe seus sentimentos, e isso é muito complicado." Pra mim é a coisa mais fácil do mundo. Porque jogar isso tudo num simples texto, é uma forma de resumir o indecifrável em algumas palavras. Palavras essas que tocarão algumas pessoas mas que não significarão nada pra outras. Talvez apenas ameaças de um texto breve. É o tal ditado: 'Se a carapuça serviu...' E não me inibe nenhum pouco os comentários que são feitos. As brincadeiras que são tiradas. Porque uma coisa no final dessa infantilidade toda é certa: Eu não vou parar de escrever. Muito menos no meu blog. Então, se acha engraçado, se sente-se ofendido, se pra você é algo de uma adolescente em crise... Meu grande lamento pra vocês. Depois eu prometo que escrevo um texto exclusivo com o título: 'Como se faz pra crescer'. Não que eu tenha crescido muito, não que eu tenha uma experiência inalcançável, mas é que desviar o que vocês falam já é um grande avanço na minha evolução. E só mais uma coisa pra deixar bem claro e bem explícito, porque vai que você não entenda com precisão e saia distorcendo as coisas: Os textos são meus, são para mim. Se direcionam algumas pessoas, até pode ser, mas se direcionam a partir de mim. Não aponto ninguém para iniciar um texto. Te peço que aprenda, aprenda por favor, a analisar melhor tudo que é escrito. Já que ler tudo que é postado, espero que leia o mais importante. E claro, não espero que dessa vez seja diferente. Espero mais um comentário vago por aí, de qualquer pessoa. Aguardo mesmo. Dessa vez, melhorem nas argumentações, pelo menos.

Dani Fechine, para todos os leitores [indesejados] 

24 outubro 2011

Reencontrar-me

Sabe quando você se desconhece? É, eu não sei. Estou tão desconhecida de mim, que não sei mais se me desconheço. Ando exatamente assim: fora de quem eu era ou de quem eu já fui. Mas com a consciência de que eu preciso voltar pra dentro de mim. O difícil é fazer isso. Difícil mesmo é ver que falta alguma coisa pra você voltar pro início, voltar pra você. Mas infelizmente você não sabe o que é. Se sabe, finge esconder, porque é algo tão absurdo de se pensar novamente que... não. Prefiro nem pronunciar. Prefiro nem tentar pensar o que é que falta, porque só em querer não pensar me vem a cabeça exatamente o que me falta. E não, eu não quero que isso me falte. Eu quero que isso me sobre e sobre tanto que eu precise jogar no lixo, assim mesmo, dentro de um saco preto, dentro de uma lata, dentro de uma caminhão. E que esse caminhão leve pra bem longe de mim. Eu quero que isso que me falta nunca mais venha, nunca mais sobre. E por favor, nunca mais falte. Eu quero voltar pra mim. Eu quero, somente, parecer comigo novamente, parecer com aquela imagem embaçada do espelho. Embaçada mas que era eu. Era melhor do que a que sou hoje. Eu era mais chata, mas eu era mais eu do que sou agora. Eu era quieta, calada, tinha a mesma gargalhada ridícula de hoje, mas eu parecia mais comigo. Eu era tão eu, mas tão eu, que eu amava alguém. Hoje eu me desconheço tanto que eu não amo ninguém. Ou amo e escondo. Porque não amar alguém é uma coisa, pensar que não ama mais alguém é outra. É outra que te muda até o final da dúvida. Mas tudo bem, ponto final. Eu não amo mais ninguém. Pelo menos não como vocês devem estar pensando. Resta saber se me engano ou se falo uma verdade. Prefiro pensar numa verdade enganada. Vou recontar meus passos e ver onde me perdi.


Dani Fechine

16 outubro 2011

"Hoje eu acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado..."

Hoje eu me encontro totalmente liberta de você. Meu Deus, obrigada por isso. Eu pensei que jamais escreveria um texto desses. Mas hoje, por mérito meu e somente meu, eu estou aqui vivinha da silva sem você.  Eu não preciso mais ouvir o quanto você é ou acha que é. Até que enfim eu abri os olhos e voilá: o infinito dos estágios. É bom demais olhar pra você sendo feliz com algo bem menor que eu [em todos os sentidos]. Me sinto muito bem por isso. Na verdade me sinto muito bem por mim. No começo a gente acha que vai morrer. Infelizmente todo mundo tem esse momento idiota. Morrer? Que nada. A gente consegue é ser mais feliz do que sempre foi. Essa é a famosa luz no fim do túnel. E é uma sensação de... Não devo mais nada a ninguém. É nessas horas que a gente ver que uma amizade vale muito mais, parece que a alegria triplica, os sorriso são trilhões de vezes mais sinceros, os abraços trilhões de vezes mais apertados e o amor triplicado trilhões de vezes pelo que já existia. Parece que a gente começa a dar mais valor ao que já tinha e que esquecia algumas vezes, parece que agora sim tudo faz muito sentido. Agora sim a nossa presença faz diferença, faz falta. Não há/houve vilão, não há/houve mocinha. Só existe agora um passado que ficou dentro daquela caixa, escondida embaixo de todas as outras e no último compartimento do guarda roupa. É pra não remexer nele mesmo. Vamos fazer valer o real sentido da palavra, onde lembranças são guardadas sem sentimentos a mais, sem mágoas, tampouco ressentimentos recentes. Já dizia o V de Vendetta: Há quem aplique a seguinte: A vingança é um prato que se saboreia frio. Particularmente não acredito em vingança. Prefiro pregar o amor, dar o amor, receber o amor. Ou no meu caso, é melhor silenciar e deixar o vazio correr sozinho. Deixa o silêncio entrar, a dúvida pairar, e um dia esclarecer. Deixa tudo assim como estar, já que tudo muito calmo, muito... estranho. Deixa esse texto terminar assim também, sem nexo, sem entendimento, sem coesão, sem coerência, sem ao menos um assunto focal. Deixa ele terminar assim... Vazio e silencioso. Já faz muito tempo que estou a vomitar arco-íris. 


Dani Fechine

12 outubro 2011

Carta para as crianças

"Sejamos como as crianças: com elas aprendemos a amar." As crianças são os seres mais ingênuos que podemos encontrar, é por isso que é tão fácil de perceber o amor dentro delas. Não há mágoas, rancores, tristeza exacerbada e chateação no mínimo por um pirulito que não recebeu. Elas são alegres dia e noite, brincam a todo momento, até mesmo com a vida, que pra elas é uma festa com palhaços e algodão doce. Elas são o nosso futuro, precisamos cuidá-las muito bem e ensiná-las. A precocidade vem tomando conta. Tomemos cuidado. Crianças que são crianças têm essas descrições. Crianças que são crianças querem brincar e aprender brincando, beijar papai e mamãe, fazer uma cabaninha com aqueles lençóis coloridos, viajar num mundo que só elas conhecem. Isso é ser criança. É viver sem saber onde mas querendo viver, e gostando daquilo. É criar e recriar, não gostar do comum. O olhar de uma criança brilha a qualquer momento, brilha com um sorriso e com uma lágrima. Eles são sinceros assim como os seus sorrisos. Sorriem por qualquer bobagem e são felizes por cada um deles. Enquanto nós, que já passamos voando por essa fase tentamos fazer o mesmo e acabamos sendo rotulados. Apenas queremos ser crianças novamente. Veio um choque de realidade e vimos que crescemos. Queremos sorrir e todos acharem a coisa mais linda do mundo. Por isso, crianças, não deixem essa etapa passar correndo, não queiram crescer. Conselho de alguém que já aproveitou muito a infância, já brincou de tudo que se pode imaginar e de alguém que sente falta da inocência que existia. Até mesmo aquelas que não podem ter um lar, sorriem com sinceridade. E quando recebemos um sorriso desses, ganhamos o dia. O sorriso de uma criança é lição para alguém crescido. Não há coisa pior do que ver uma criança triste, elas são a nossa alegria. Por isso, doemos os nossos sorrisos a elas, sejamos alegres. Elas são o nosso futuro. "Precisam ser felizes para nos fazer felizes."

Dani Fechine

09 outubro 2011

Um post especial - 3

Você nunca foi apenas um amigo pra mim, você sabe disso. Desde sempre eu tive um irmão ao meu lado, um irmão que nunca me abandonou. Costumo chamar essas pessoas abençoadas de 'anjo'. Meu anjo da guarda em carne e osso é você. E você realmente faz o seu papel. Anjo que some mas nunca sai do lado. Anjo que ora não desgruda, ora desaparece. Anjo que sabe me consolar, que já ouviu todas as minhas mágoas, todos os meus desesperos. Um anjo que já ouviu todas as minhas gargalhadas e já enxugou todas as minhas lágrimas. Anjo que nunca, nunquinha me pôs no chão, e se lá estive você me levantou. Costumo chamar essas pessoas de anjo, porque anjos são assim como você: eles surgem em momentos que achamos 'sem precisão' e de repente nunca precisamos de alguém como passamos a precisar desse jeito. Eu chamo de anjo quem nunca disse um não aos meus problemas e a quem nunca recusou a minha ajuda. Eu chamo de anjo quem se livra do orgulho e despeja todas as agonias. Eu te chamo de anjo porque na hora que eu mais precisei da luz Deus me mandou você. Chamo de anjo porque eu não pedi para que você estivesse sempre comigo, e sim porque eu fui presenteada. Não te chamo mais de amigo, nem de irmão. Você é meu anjo da guarda em carne e osso. Meu anjo que não tem cachinhos dourados, que não tem os olhos claros e tampouco brilha quando aparece. Eu tenho um anjo fosco, com luz interior. Eu tenho um anjo iluminado, da forma que deve ser. Eu tenho um anjo que passa meses sem aparecer, e de vez em quando ele ressurge e parece que nunca mais vai embora. Mas eu já me convenci que de você eu nunca vou esquecer e sempre vou precisar. Eu tenho uma coisa muito importante pra te dizer, meu 'anjo humano': Eu posso não ser um anjo, mas eu vou estar com você em todas as situações. Sei que é difícil falar isso, porque todos já devem ter te dito essa frase. Mas eu te faço uma promessa de nunca te abandonar. Eu te faço a promessa de sempre tentar te fazer sorrir ao derramar uma lágrima. E agora eu só tenho uma coisa pra terminar de fazer: Estou indo agradecer a Deus por ter um amigo-anjo como você. Estou indo agradecer pelo privilégio e pela graça que Ele me concedeu. Eu vou agradecer por ter tido alguém sempre ao meu lado, alguém que teve a inocência de me amparar. Eu estou a caminho de Deus para agradecer a sua presença na minha vida. E agora eu falo com Ele pra você também ouvir: "Obrigada Senhor, pelo presente gracioso que colocastes em minha vida, obrigada por eu ter um anjo e um anjo justamente do jeito que todos precisam. Eu prometo tentar ser da mesma forma. Amém."

Dani Fechine

06 outubro 2011

E se você tropeçar?

É sempre assim, eu sei, mas não custa nada escrever. Você se pega no ápice da felicidade, achando que realmente se consegue isso. Você se olha no espelho com um sorriso enorme, esbanja alegria por onde passa, se arruma toda e se ama mais que tudo. Você realmente assume: Não sofro mais. E realmente você não sofre mais. Mas que atire a primeira rocha quem nunca sentiu saudades. Não sei mais se é mágoa, se é raiva ou se é amor guardado, morfado. Deve ser um pouco disso e daquilo também. Deve ter misturado o sentimento ruim com o amor e saiu isso ai que Deus sabe o nome. É uma sensação ótima quando a gente sabe com toda certeza que nada mais importa, desde frases até beijos. Nada mais importa, nada mais acrescenta, nada mais abala. Você está por cima, sorri aos quatro cantos, tem amigos que, puta que pariu, são os melhores do mundo. Mas de repente você tropeça. Tropeça nas lembranças e no carinho guardado. Por um momento sequer você esquece a mágoa. Em apenas um segundo você consegue pensar na chance de largar tudo, inclusive todas as palavras incabíveis que você falou. Mas um segundo passa muito rápido. Nossa, ainda bem. Por pouco eu não perdi a minha honra. Depois do tropeço você se ajeita, passa a mão nos cabelos pra não correr o risco de estar bagunçado, e segue como se ninguém estivesse visto. Mesmo com todos te olhando, você vai. Anda em frente, cabeça levantada, e com o pensamento de que ninguém, além de você, pode intervir nessa situação. Você controla. Nem ele mesmo tem mais nenhum poder sobre isso. Ou seja, está tudo com você. Que responsabilidade, hein? Teu futuro, tua vida e a tua disposição somente nas tuas mãos. Bem que podia existir mais alguém pra gente colocar a culpa depois né? Mas não. Seguir ou sofrer é tudo escolha nossa. Justamente porque é nossa vida. Ninguém tem o dever de tomar a culpa pra si. Então agora é sua decisão: olhar pra frente e apenas tropeçar nos desafios, ou olhar pra trás, tropeçar e cair. Com duas opções dessas em suas mãos, eu não duvido, muito menos rotulo, se por 'descuido ou poesia' você escolher as memórias. E não me admiro. O conhecido tem um sabor muito menos amargo que o que ainda está por vir, do que o que você não conhece. As memórias, das quais guardamos as boas, tem um cheiro bom de coisa vivida, de momento aproveitado. Futuro tem sabor incerto. Passado nos traz de volta a vida, no traz de volta o amor, lembranças. Porque parar e lembrar de todas as coisas boas que você viveu é quase que reviver tudo aquilo com um sorriso... Ou uma lágrima. Lágrima de saudades, não de tristeza. Mas com tudo isso te puxando pra traz, seja mais forte. Corte a corda e a deixa pra traz. Pode doer no começo, mas aos poucos você vai ficando mais distante dela. Até que ela some. Então, com duas cartas na mão, você só precisa de coragem para fazer o certo.

Dani Fechine