16 outubro 2011

"Hoje eu acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado..."

Hoje eu me encontro totalmente liberta de você. Meu Deus, obrigada por isso. Eu pensei que jamais escreveria um texto desses. Mas hoje, por mérito meu e somente meu, eu estou aqui vivinha da silva sem você.  Eu não preciso mais ouvir o quanto você é ou acha que é. Até que enfim eu abri os olhos e voilá: o infinito dos estágios. É bom demais olhar pra você sendo feliz com algo bem menor que eu [em todos os sentidos]. Me sinto muito bem por isso. Na verdade me sinto muito bem por mim. No começo a gente acha que vai morrer. Infelizmente todo mundo tem esse momento idiota. Morrer? Que nada. A gente consegue é ser mais feliz do que sempre foi. Essa é a famosa luz no fim do túnel. E é uma sensação de... Não devo mais nada a ninguém. É nessas horas que a gente ver que uma amizade vale muito mais, parece que a alegria triplica, os sorriso são trilhões de vezes mais sinceros, os abraços trilhões de vezes mais apertados e o amor triplicado trilhões de vezes pelo que já existia. Parece que a gente começa a dar mais valor ao que já tinha e que esquecia algumas vezes, parece que agora sim tudo faz muito sentido. Agora sim a nossa presença faz diferença, faz falta. Não há/houve vilão, não há/houve mocinha. Só existe agora um passado que ficou dentro daquela caixa, escondida embaixo de todas as outras e no último compartimento do guarda roupa. É pra não remexer nele mesmo. Vamos fazer valer o real sentido da palavra, onde lembranças são guardadas sem sentimentos a mais, sem mágoas, tampouco ressentimentos recentes. Já dizia o V de Vendetta: Há quem aplique a seguinte: A vingança é um prato que se saboreia frio. Particularmente não acredito em vingança. Prefiro pregar o amor, dar o amor, receber o amor. Ou no meu caso, é melhor silenciar e deixar o vazio correr sozinho. Deixa o silêncio entrar, a dúvida pairar, e um dia esclarecer. Deixa tudo assim como estar, já que tudo muito calmo, muito... estranho. Deixa esse texto terminar assim também, sem nexo, sem entendimento, sem coesão, sem coerência, sem ao menos um assunto focal. Deixa ele terminar assim... Vazio e silencioso. Já faz muito tempo que estou a vomitar arco-íris. 


Dani Fechine

4 comentários:

  1. Gostei disto: "Vomitar arco-íris".

    É como, transpirar o aroma da sabedoria, é também como a carícia da disciplina, o afago dolorido da atenção, o complexo da simplicidade, enfim, é a beleza verdadeira, plena de sinceridade entornada do vinho da sobriedade. DEMAIS! OFUSCANTE!!!

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  2. Daniii que texto mais lindo.Acho que suas palavras são as minhas nesse momento,e sinto que vou chegando a cada dia,nunca fui tão feliz,nunca dei tanto valor a minha vida, e principalmente ao meu EU,aquele que eu nunca toquei que eu nunca fui buscar verdadeiramente. Hoje eu vejo que eu basto,que Deus basta.E com os meus amigos tudo vai indo muito mais que bem. Viva ao infinito dos estágios! \o/ Viva la vida

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  3. Adorei seu blog... O meu também é um espaço pra compartilhar desabafos, alegrias, reflexões... Mas este título "Escrever para não implodir" é o resumo perfeito do que o ato de escrever significa pra nós! Parabéns!

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"Aproveita que a melhor parte é de graça e feita com mais amor do que cabe em mim." (Tati Bernardi)