26 abril 2011

Olá, querido ursinho de pelúcia,

Aprendi que quando uma coisa é verdadeira, ela não precisa fazer sentido.
Sinto-me às vezes nada mais, nada menos que uma criança… Pois, você sabe, ainda dou-lhe importância sem tamanho. Agarro-me à você quase que todas as noites, buscando alguma proteção, algum remanescente da minha época mais feliz (eu era apenas uma criança; uma criança feliz, sem maiores medos, tristezas ou receios), e um companheiro para as lágrimas. Sim, um companheiro para as lágrimas. Não tenho vergonha de admitir que a dor que eu prendo dentro de meu peito a cada segundo do meu dia e da qual muitos não fazem idéia se transforma em gordas lágrimas na calada da noite, sendo cuidadosamente absorvidas pelo meu ursinho de pelúcia. Sei que você não compreende nada. Você não pensa, e eu já cresci o suficiente para saber disso. Mas eu já vi tantas pessoas fazendo textos sobre cobertas mágicas… E nenhum para agradecer, sei lá, aqueles pequenos brinquedos de criança. Pequenos brinquedos de crianças que enxugam meu choro, escutam meus desabafos e me vêem na pior situação. Coisa que ser humano nenhum fez. Os ursinhos não criticam nos piores momentos.
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Um comentário:

"Aproveita que a melhor parte é de graça e feita com mais amor do que cabe em mim." (Tati Bernardi)