Que o blog está com um novo design não é mais novidade. Mas tenho algo que talvez irão gostar. É a Fan Page do blog. Pra quem não sabe, é uma página no Facebook onde vocês [leitores] poderão curtir e ficar por dentro de todas as novas postagens, frases dos textos, e as novidades que poderão vir. Outra novidade é que toda semana terá algo de diferente pra vocês por aqui, algo que saia da rotina. Vai se chamar: Mudando a rotina. Uma anedota, uma crônica, um conto. Algo que saia dessa monotonia do melancólico. Alguns dos textos não serão escritos por mim, o que é ainda melhor, porque divulga a competência de outras pessoas. Então, se você também tiver um bom texto engraçado, divertido, irônico ou qualquer outro que não seja de amor por aí, peço que faça o seguinte: Deixe o texto nos comentários desse post, e avise na Fan Page para que eu venha conferir. O comentário não será publicado, postarei o texto em postagem exclusiva. Irei analisar e postá-lo aqui, uma vez por semana. O primeiro virá no dia 1º de janeiro [NÃO DEIXEM DE VER]. Isso é apenas uma tentativa, se der certo, continuarei com ela. Então, aguardo os textos de vocês. Se eu não receber muitos, ou nenhum, os textos ficam por minha conta mesmo. Beijo enorme e até o próximo post.
Dani Fechine
29 dezembro 2011
Infeliz conto de amor
Dani Fechine
27 dezembro 2011
Tempo (escrito para uma aula da saudade)
Paro pra
pensar se o tempo realmente é algo que devemos fazer reverencia. É um inimigo e
um anjo ao mesmo tempo. Nos ajuda a esquecer o que não queremos mais lembrar,
mas ao mesmo tempo nos faz fazer uma viagem no passado voltando para aquilo que
fazemos questão de viver novamente. Para nós, o tempo será fundamental.
Fundamental não só para lembrar cada momento juntos, cada sufoco, cada agonia e
cada sorriso que fizemos questão de compartilhar. Fundamental também para nos fazer
aprender a conviver com a saudade, que a cada dia vai apertar um pouco mais.
Talvez tenhamos que agradecer por este tão maravilhoso recurso, que nos faz
perder a cabeça e ao mesmo tempo colocá-la no lugar.
Indispensável
dizer que para nós, a partir de hoje, ele passará cada vez mais rápido. Há
pouco tempo estávamos aprendendo a ler, a escrever e estávamos construindo
nosso então edifício tão valioso: o passado. E parece que conseguimos fazer
isso muito bem. Logo em seguida, aprendemos o que é ter responsabilidade, e os
professores não nos tinham mais como filhos. A relação se tornou a mais
profissional possível. Aprendemos. Aprendemos com o tempo. E de repente nos
vemos aqui. Estamos prestes a dar um passo decisivo nas nossas vidas. Não há
mais a relação de professor e filho, ou mesmo professor e aluno. Agora é com
você. Somos nós contra todo o mundo. E vamos levar isso adiante muito, mas
muito bem. E sabe por quê? Porque o tempo nos ensinou a esperar o momento
certo, ele nos ensinou, com muita delicadeza e num ritmo curto, a termos a
responsabilidade que merecemos e a conviver com cada dificuldade que insiste em
aparecer nos nossos caminhos. Vá lá, se não fosse o tempo, eu nem saberia ao
menos escrever esse texto.
Para nós, o
tempo passou. Passou tão rápido que nunca imaginávamos estar aqui, todos
presentes, como uma despedida, uma boa despedida. O tempo nos ajudou a entender
o “adeus” como um “até logo”. Nos mostrou que não há caminho tão difícil que
não se possa enfrentar.
Dê tempo ao
tempo. Não se prenda na idéia de que ele resolve tudo. Precisamos saber usá-lo
ao nosso favor. Precisamos do tempo para saber a falta que cada um vai sentir
desse momento, e de anos atrás também. É aquela velha história... O tempo vai
passar, os amigos não serão mais os mesmos, os caminhos vão se encurtar, talvez
nos esqueçamos, talvez não. Cada um pro seu lado, esperando que um dia, a
nossas linhas sejam muito tortas para poderem se cruzar. Com o tempo você vai
percebendo que suas derrotas são as vitórias mais saborosas, você começa a
usufruir dos momentos com o carinho e alegria de uma criança e analisar com a
responsabilidade de um adulto. Com o tempo... Você cresce. E você sente falta
de quando queria ser adulto. Com o passar do tempo você aprende direitinho a
construir sua estrada para o futuro, para não ser tão incerto quanto é. Mas o
tempo vai nos mostrar que somos tolos o bastante por acreditar que um dia
conseguimos escrever o futuro. O tempo se encarrega de escrevê-lo para nós.
Então, hoje, o tempo faz jus ao seu papel. Nessa noite voltamos no passado pra
sentir saudade. E daqui a alguns anos faremos o mesmo a respeito dessa noite
maravilhosa. Com o tempo, sentiremos saudades. Com o tempo, aprenderemos a
conviver sem os risos nossos de cada dia. Aprenderemos, caminharemos,
entenderemos... Com o tempo.
Dani Fechine
26 dezembro 2011
Magia do Natal?
Dani Fechine
19 dezembro 2011
Um velho ciclo
Dani Fechine
12 dezembro 2011
Estranhas palavras
Dani Fechine
11 dezembro 2011
Rebuliço sem nexo
Cá estou eu, sentada na poltrona da sala com uma brisa leve batendo em meu rosto. Sempre que me encontro nessa situação de que nada mais pode me atingir, apenas o vento que me bate sem eu ao menos perceber, abro a página de rascunhos do blog e me coloco a escrever. Talvez hoje eu tenha muita coisa pra falar, pra refletir. Talvez eu tenha muita coisa pra pensar, pra quem sabe até agir. Tenho um verdadeiro nó em minha cabeça. E vou te contar, tá muito fácil de desatar, só preciso de uma mãozinha. Estou de um jeito que achei que nunca mais me encontraria assim. Estou sentindo algo que faz tanto tempo que não sinto que ate parece novo. E realmente deve ser. Deve ser tão novo, mas tão novo que não sei o que fazer. E quando você se perde no meio de tantas palavras, de tantos acontecimentos e de milhões de sorrisos, você, simplesmente, se perde em si. Milhões de sorrisos e apenas um na sua frente. Sempre fui muito fascinada por eles. Ao ponto de me apaixonar por tal. Não sei explicar o porque, mas prefiro os sorriso aos olhares. Me escondo atras dos meus óculos escuros e vejo tudo que o meu olhar capta. Interessante é que ele vai diretamente para os dentes brancos sorrindo de ponta a orelha. Costumo me entender quase sempre. Costumo saber exatamente o que se passa. Faço aquela de desentendida pra mim mesmo, sabendo que no fundo entendo cada dúvida que eu tenho. Mas confesso não ter mais certeza de nada. Sei que o que se passa hoje é algo que me deixa muito leve e bem. Apesar da agonia tremenda que nunca me abandonou. Faz questão de andar sempre ao meu lado. Nao a espuço porque sei que sem ela eu jamais confirmaria o que sinto. Me conheço como a palma da minha mão. Sei exatamente cada ponta de sentimento que quer surgir ou desaparecer. E sei também qundo se deve aflorar. Infelizmente eu só sei, não comando nenhum desses volantes que, sinceramente, gostam um pouco da contra-mão. Andam meio errados. Mas me fazendo bem. Se é que isso consegue se igualar. O vento esta ficando frio, é melhor me retirar. E no meio de tanto rebuliço, de tanta falta de nexo, de tantos assuntos remendados, eu só deixo a afirmação de que quando sento nessa poltrona a minha vida passa por mim. As ideias nunca estão no lugar. Mas sempre muito em ordem.
Dani Fechine
07 dezembro 2011
"Tudo que se vê não é"
Dani Fechine
05 dezembro 2011
Querido Papai Noel,
Não é porque não sou mais criança que
deixo de te escrever. Venho através desta carta te pedir as melhores coisas do
mundo. Venho te pedir que a
criança que mora dentro de mim jamais me abandone e que sempre se aflore.
Peço-te um coração desta e a razão de um adulto. Quero praia a tardinha,
anúncio de pôr-do-sol, abraço na beira-mar e felicidade pra contemplar. Quero
que o que eu já tenho, permaneça, e o que me falta, me engrandeça. Quero que
isso que me falta — paciência, paz, paciência e tudo que eu acho que me falta — venha no tempo certo, mas que venha. Que venha e que me
mude. Que me alegre, que me faça reviver o que já foi e que nem passou ainda.
Que o que me amargurou fique bem lá atrás. Tão
atrás, tão passado, tão 'já era' que eu não lembre nunca mais. E que os motivos que me fizeram
sorrir apenas se multipliquem, tripliquem, quadrupliquem. Apenas que
existam.
Querido Papai
Noel, eu quero apenas que o senhor venha. Que desça pela chaminé e me traga a
magia do natal. Que exista o pozinho dourado, e que ele brilhe, mas brilhe
muito e me faça sonhar um pouco com tudo. Que me faça sonhar e realizar.
Realizar e aproveitar. Aproveitar e viver mais um pouco num sonho onde não
acordar é a regra. Que eu encontre um presente no pé da minha árvore de natal.
E que não seja nada. Mas que venha embrulhado num belo papel vermelho com uma
linda fita dourada.
Noel, eu não te
peço mais uma bicicleta, um computador ou uma boneca. Não te peço que me traga
guloseimas nem a casinha da Barbie. Eu só quero que venha e faça acreditar
novamente no que não existe. Quero que meu pai se fantasie de você, caso o bom
velhinho tenha muitos presentes a entregar e não possa vir à minha casa. Quero
que minha mãe ache tudo muito engraçado porque eu acreditei que meu pai era o
famoso velhinho com barba branca. Quero procurar meu presente por toda casa e
no final das contas achá-lo embaixo da minha cama.
E quando enfim eu
acordar disso tudo eu quero que tudo isso tenha me deixado super satisfeita com
o meu natal. Porque eu não quero apenas a festinha com a família reunida e a
famosa ceia de natal. Eu quero que isso tudo seja real. E o que é real, logicamente,
não é falso. Eu quero que os sorrisos sejam sinceros e que os abraços sejam
apertados. Quero que os votos sejam os melhores e os mais generosos possíveis.
Aceito também um "Feliz 2012" muito clichê, se for o caso, se for
sincero.
E quando
o Réveillon chegar e o ano enfim mudar, eu desejo ter as pessoas que
eu amo ao meu lado. Eu peço de Natal um abraço apertado de cada um que
considero os meus irmãos, peço a presença de todos que fizeram o meu ano de
2011 o melhor possível. E que mesmo não parecendo, eu agradeço todos os dias
por ter cada uma dessas pessoas comigo. Eu peço ao senhor, querido Noel, que a mudança seja clara. Que a
de 2012 não seja tão igual a de 2011, mas que o que for bom fique. Então, se
por um acaso você realmente vier, eu te peço que traga um pacote enorme de fé,
esperança, paz e muito amor. Amor pra levar a vida até eu te escrever outra
cartinha e você trazer a magia novamente. Amor o suficiente pra aguentar a
vida, que não é por ter 17 aninhos que ela é tão fácil. Eu te peço amor pra
tê-lo de volta. E não pra que ele venha aumentar o que já tem. Mas que ele
retorne. Traz a vida novamente, Noel.
Tenho sido uma boa
menina. E é por isso que sei que o meu querido papai Noel jamais me deixará.
Estou deixando a porta aberta. Entre
pela frente, por favor.
Com o mesmo amor e a saudade de sempre,
Dani Fechine.
01 dezembro 2011
Prestigiando a Paraíba
Amorério
Minha alma vestida em verdadeiro trauma
Cada ponto que eu traço é um beijo jogado em vão
Cada vôo mais alto, mais duro é provar o chão
Meu amor de viver é tão grande
É um desafio a toda a minha calma
Meu amor é grande, bem maior que eu
Amar, eu preciso amar tudo
Amar o que eu penso e o que não penso
E quem sabe até deixa sobrar amor pra mim também
Cada ponto que eu traço é um beijo jogado em vão
Cada vôo mais alto, mais duro é provar o chão
Meu amor de viver é tão grande
É um desafio a toda a minha calma
Meu amor é grande, bem maior que eu
Amar, eu preciso amar tudo
Amar o que eu penso e o que não penso
E quem sabe até deixa sobrar amor pra mim também
Tanto amor disparado a todo instante
Quem bem sabe o bem de minh'arma se expões e ainda mostra o peito
E quem usa o arsenal de minh'alma por mim tem o maior respeito
Tanto amor amado à toa é minha Hiroshima sem saber aonde explodir
Explode em meu peito e os cacos de mim, se atirados ao Ponto Cem Réis
Que sejam restos de feira ou dados de Ibope no chão
Mas serão amor-primeira-página
Quem bem sabe o bem de minh'arma se expões e ainda mostra o peito
E quem usa o arsenal de minh'alma por mim tem o maior respeito
Tanto amor amado à toa é minha Hiroshima sem saber aonde explodir
Explode em meu peito e os cacos de mim, se atirados ao Ponto Cem Réis
Que sejam restos de feira ou dados de Ibope no chão
Mas serão amor-primeira-página
Meu amor, se exposto em out-door gigante
Fatalmente será confundido com slogan de refrigerante
Se falado no rádio parece poema de poeta louco
Meu amor, se visto em filme, só será aplaudido na
morte do bandido
Se for bem sangrenta e arrancar do cinema
Aplausos e risos de quem consegue
Ter ódio nas veias e sangue na boca
E ninguém vai ver meu filme de amor
Fatalmente será confundido com slogan de refrigerante
Se falado no rádio parece poema de poeta louco
Meu amor, se visto em filme, só será aplaudido na
morte do bandido
Se for bem sangrenta e arrancar do cinema
Aplausos e risos de quem consegue
Ter ódio nas veias e sangue na boca
E ninguém vai ver meu filme de amor
Amar demais até parece mal
Mas nenhum outro mal me faz tão bem!!!
Mas nenhum outro mal me faz tão bem!!!
Adeildo Vieira é compositor do nordeste brasileiro, nascido na cidade de Itabaiana, estado da Paraíba. Iniciou sua trajetória musical em 1984, desenvolvendo projetos culturais de natureza coletiva no Musiclube da Paraíba, entidade de músicos e compositores paraibanos por onde passaram artistas como Pedro Osmar, Chico César, Milton Dornellas, Paulo Ró, Escurinho, entre outros.
cds/dvds: "Há Braços" e "Diário de Bordo"
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