01 dezembro 2011

Prestigiando a Paraíba

Amorério




Minha alma vestida em verdadeiro trauma
Cada ponto que eu traço é um beijo jogado em vão
Cada vôo mais alto, mais duro é provar o chão
Meu amor de viver é tão grande
É um desafio a toda a minha calma
Meu amor é grande, bem maior que eu
Amar, eu preciso amar tudo
Amar o que eu penso e o que não penso
E quem sabe até deixa sobrar amor pra mim também
Tanto amor disparado a todo instante
Quem bem sabe o bem de minh'arma se expões e ainda mostra o peito
E quem usa o arsenal de minh'alma por mim tem o maior respeito
Tanto amor amado à toa é minha Hiroshima sem saber aonde explodir
Explode em meu peito e os cacos de mim, se atirados ao Ponto Cem Réis
Que sejam restos de feira ou dados de Ibope no chão
Mas serão amor-primeira-página
Meu amor, se exposto em out-door gigante
Fatalmente será confundido com slogan de refrigerante
Se falado no rádio parece poema de poeta louco
Meu amor, se visto em filme, só será aplaudido na
morte do bandido
Se for bem sangrenta e arrancar do cinema
Aplausos e risos de quem consegue
Ter ódio nas veias e sangue na boca
E ninguém vai ver meu filme de amor
Amar demais até parece mal
Mas nenhum outro mal me faz tão bem!!!
 Adeildo Vieira  é compositor do nordeste brasileiro, nascido na cidade de Itabaiana, estado da Paraíba. Iniciou sua trajetória musical em 1984, desenvolvendo projetos culturais de natureza coletiva no Musiclube da Paraíba, entidade de músicos e compositores paraibanos por onde passaram artistas como Pedro Osmar, Chico César, Milton Dornellas, Paulo Ró, Escurinho, entre outros. 
cds/dvds: "Há Braços" e "Diário de Bordo"

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Aproveita que a melhor parte é de graça e feita com mais amor do que cabe em mim." (Tati Bernardi)