11 dezembro 2011

Rebuliço sem nexo


Cá estou eu, sentada na poltrona da sala com uma brisa leve batendo em meu rosto. Sempre que me encontro nessa situação de que nada mais pode me atingir, apenas o vento que me bate sem eu ao menos perceber, abro a página de rascunhos do blog e me coloco a escrever. Talvez hoje eu tenha muita coisa pra falar, pra refletir. Talvez eu tenha muita coisa pra pensar, pra quem sabe até agir. Tenho um verdadeiro nó em minha cabeça. E vou te contar, tá muito fácil de desatar, só preciso de uma mãozinha. Estou de um jeito que achei que nunca mais me encontraria assim. Estou sentindo algo que faz tanto tempo que não sinto que ate parece novo. E realmente deve ser. Deve ser tão novo, mas tão novo que não sei o que fazer. E quando você se perde no meio de tantas palavras, de tantos acontecimentos e de milhões de sorrisos, você, simplesmente, se perde em si. Milhões de sorrisos e apenas um na sua frente. Sempre fui muito fascinada por eles. Ao ponto de me apaixonar por tal. Não sei explicar o porque, mas prefiro os sorriso aos olhares. Me escondo atras dos meus óculos escuros e vejo tudo que o meu olhar capta. Interessante é que ele vai diretamente para os dentes brancos sorrindo de ponta a orelha. Costumo me entender quase sempre. Costumo saber exatamente o que se passa. Faço aquela de desentendida pra mim mesmo, sabendo que no fundo entendo cada dúvida que eu tenho. Mas confesso não ter mais certeza de nada. Sei que o que se passa hoje é algo que me deixa muito leve e bem. Apesar da agonia tremenda que nunca me abandonou. Faz questão de andar sempre ao meu lado. Nao a espuço porque sei que sem ela eu jamais confirmaria o que sinto. Me conheço como a palma da minha mão. Sei exatamente cada ponta de sentimento que quer surgir ou desaparecer. E sei também qundo se deve aflorar. Infelizmente eu só sei, não comando nenhum desses volantes que, sinceramente, gostam um pouco da contra-mão. Andam meio errados. Mas me fazendo bem. Se é que isso consegue se igualar. O vento esta ficando frio, é melhor me retirar. E no meio de tanto rebuliço, de tanta falta de nexo, de tantos assuntos remendados, eu só deixo a afirmação de que quando sento nessa poltrona a minha vida passa por mim. As ideias nunca estão no lugar. Mas sempre muito em ordem.


Dani Fechine

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Aproveita que a melhor parte é de graça e feita com mais amor do que cabe em mim." (Tati Bernardi)