07 dezembro 2011

"Tudo que se vê não é"

Paro pra pensar e me pego em alguns meses atrás. Ai então volto pro meu presente. Remexo em fotos passadas e observo que hoje nem fotos existem. Enfim concluo como as coisas mudam em um curto espaço de tempo. Meses atrás estava todo mundo muito feliz e numa situação completamente diferente da atual. Não quero agora a infelicidade tenha batido. Mas está tudo muito misturado, muito frio, muito seco. Não vejo mais sorrisos como antigamente. Não vejo mais abraços sinceros como eu vi tempos atrás. Eu não vejo sequer um amor verdade nascer novamente. Será que os que haviam morreram? Ou simplesmente se esconderam, adormeceram mais uma vez? Sabe aquela imagem que a gente ver em filme, quando o cupido lança a flexa e separa os casais? Sem brincadeira, parece que isso realmente aconteceu ou acontece com todo mundo. Se a gente pegar uma foto de um passado digamos que bom o bastante pra ser feliz e trazê-la para o presente totalmente invertido, acabamos por esquecer o motivo por tudo aquilo ter-se feito fim. Seriam máscaras de um sorriso sincero? Ou seria realmente a felicidade estampada no rosto de cada um? Parecia tudo muito bem. E num simples estralar de dedos as bocas se fecharam, os dentes deixaram de ser mostrados e as rugas de expressão não mais existiam. As pessoas parecem que mudaram seus lugares nas fotos e algumas parecem que resolveram colocar uma tarja preta no rosto por que "Meu Deus, esse não é mais o meu lugar". Outras nem parecem que um dia cogitaram ser felizes pra vida inteira. Juntos. Será que é realmente possível nada mais existir? Será que realmente as coisas mudam e nós nem percebemos? Mudanças drásticas passam por nós e são nas recordações dos momentos que passaram que a gente ver o quanto o que era reto se fez torto. Tão torto que se torna quase impossível de se igualarem novamente. Podem se cruzar, por uma curva qualquer do destino. Mas se igualar ao que já foi... Nunca. E daqui há um tempo ocorre a brilhante possibilidade de eu pegar esse texto, ler, reler e me perguntar de onde eu tirei tanta babaquice. Ou simplesmente de responder pra mim mesma que isso tudo é absolutamente a maior verdade que eu pude escrever. A mudança. E o que era meses atrás pode voltar a ser meses depois, anos depois. Mas hoje, não. Hoje guardo isso. Guardo as memórias e as fotos de um ciclo onde sorrisos não cessavam, onde abraços não eram contratos, e onde o amor se encontrava. Hoje não sei se me engano para achar tudo isso muito bom. Ou se deixo cair a ficha pra um futuro próximo um pouco diferente do que esperávamos. Mudanças estão por vir. E sempre estiveram. Agora eu tenho certeza. E concordando plenamente com o gênio Lulu Santos eu digo e repito cada letra que ele fez questão de cantar: "Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia."


Dani Fechine

Um comentário:

  1. Pois é dani... já parei e percebi isso,acho que tudo que passou,verdadeiro ou não passou,e agora estamos aguardando novos tempos com novas energias! Não se prenda ao passado,sugue o futuro!Beijos da amiga que te ama!

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