31 agosto 2011

#BlogDay

Existem pessoas que não têm a menor dificuldade de se expressar verbalmente, oralmente. Existem pessoas que veem isso como um obstáculo. Essas procuram uma forma, a melhor forma, de apresentar suas palavras. E escolhem os textos. Alguns chamam isso de timidez ou até mesmo de "covardia, outros chamam de poesia. Escrever é muito fácil, basta se concentrar. Não há obstáculo algum em fazer hoje o que você aprendeu há anos atrás. Só há um 'porém' que diferencia as pessoas que escrevem com aquelas que optam escrever. Jogar em um texto o que você queria dizer com a boca é de uma coragem enorme. Porque você escreve mais do que falaria, e consegue, diferenciando-se assim de todas as outras pessoas, escrever os sentimentos. Não opto pela escrita para me livrar do diálogo. Escrever sentimentalmente vai muito além disso. É uma forma de estar bem consigo e também é um auto-entendimento. Quem faz o mesmo que eu entende. Quem ler, é outra história. Pensam diversas coisas, interpretam da forma que querem e como bem entendem. Não tiro razão nenhuma. Um texto é publicado e o entendimento fica a mercê de quem lê. Quem escreve sabe, apenas, o seu real sentido. Mas ninguém nunca o entenderá perfeitamente. Nem você mesmo, no futuro. Um texto é escrito, na maioria das vezes, em um momento de plena felicidade ou completa tristeza. Amanhã até você que escreveu não entenderá o real sentido dele. O Blog é uma salvação para os apressados mentalmente (um blog como o meu, claro). Não vejo a necessidade de criar um site assim apenas para explodir todos os dias. Aliás, o Microssoft Office World está ao nosso dispor [também] para isso. Mas quantas pessoas eu já ouvi falar: "Os textos da Dani Fechine me ajudam tanto." É uma forma de compartilhar sentimentos, alegrias e tristezas, e ao mesmo tempo aconselhar, ajudar. É uma forma de indiretas também, concordo. Mas isso fica no último item da lista dos motivos da escrita. Escrever é como uma necessidade. É como a água, que se você passa muito tempo sem beber, desidrata, ou morre. Escrever é muito fácil, quero ver você jogar seus sentimentos em um texto. Já dizia Tati Bernardi: "Escrever para não explodir. Escrever para explodir os outros. Escrever para não implodir. Escrever para explodir o resto."

E obrigada a todos os meus fieis visitantes e seguidores, que leem e aguentam todas as minhas crises de explosões. Sem vocês... Eu continuaria tendo um blog.  

Dani Fechine

5 comentários:

  1. Oi Dani! Escrever prá mim é uma necessidade, é um desabafo, um diálogo, é uma forma de compartilhar idéias... não que as reais intenções do escritor seja assimilada pelo outro, mas, que provoque no outro idéias melhores. Que provoque o desejo no outro de 'sonhar'.
    bjs

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  2. Dani seus textos são simplesmente maravilhosos não me canso de ler e nunca pare de escrever *-*

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  3. Caaaara, que texto fantástico! x_x
    Super "xoxinho" - como dissestes.

    Me identifiquei!! Mesmo!

    "Alguns chamam isso de timidez ou até mesmo de covardia, outros chamam de poesia."
    - Show, show, show.

    "É uma forma de estar bem consigo e também é um auto-entendimento. Quem faz o mesmo que eu entende."
    - Eu sempre achei que os textos me fizeram clarear os pensamentos. Entender melhor as situações... E desabafar. Entre mil e uma coisas, é um desabafo total (não há restrição quanto ao que se escreve - já que às vezes calamos por não poder dizer certas coisas a alguém da mesma forma que escrevemos). É um mundo à parte, onde há liberdade.

    "Quem escreve sabe o seu real sentido."
    - E só. Tantas vezes conseguimos reunir o mundo num texto e fazer menções implícitas que nem todos entenderão...

    "Mas ninguém nunca o entenderá perfeitamente. Nem você mesmo, no futuro."
    - E pior que é. Ou melhor... É até bom que desabafemos e deixemos um pedaço de nós... Um pedaço do sentimento, do momento em um texto.

    "Aliás, o Microssoft Office World está ao nosso dispor"
    - Sempre, sempre. Eterno companheiro... Sempre me ouviu... Sem críticas.

    "Sem vocês... Eu continuaria tendo um blog."
    - E é bom que seja assim: escrever pra não implodir!

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  4. Após alguns anos buscando algumas respostas acerca das mais diversas perguntas que possuo em meu interior, confesso que uma boa parte delas tem sido respondidas ao longo do tempo pelos textos que leio com frequência, e porque não dizer que as letras de determinadas músicas também tiveram uma participação assídua nesse percurso árduo de minha vida, na verdade, é como você disse: "quem escreve sabe". Não existe uma escolha, a um período atrás, eu possuía um auto-rótulo, "exceção", ou seja, me achava "diferente", simplesmente não me encontrava em alguns momentos e situações. Foi quando me encontrei escrevendo frases que demonstrava o que sentia, pensava, desejava, emfim, as palavras descrevem o que somos realmente (falando do nosso perfil). Há uma certa porção no grande livro (a Bíblia) que diz: "a boca fala do que está cheio o coração", então, continuo a falar com palavras escritas de próprio punho ou faço uma citação que retrate o que sinto, te encorajo a prosseguir, assim como te agradeço pela participação e contribuição na minha constituição presente. Ainda não estou completo.

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  5. Minha filha Daniela, fará 18 anos esse ano. Outro dia escutei quando ela disse pai pai...duas vezes, achei engraçado, não foi apenas pai!, mas pai pai..., um chamado reticente, com eco de montanha, a me chamar. Talvez dobre a paternidade para recuperar os dias e os anos que não estivemos juntos. Já sofremos a distância, o medo de ser esquecido. Agora dividimos o mesmo telhado na escrita

    Tenho uma filha adulta. Uma filha crescida. Sinto-me importante, não me vejo envelhecido.

    Anna Daniela é altamente vaidosa de suas palavras. Exatamente como eu.

    Lê devagar para não perder nenhuma frase. Não suporta uma palavra sem significado. Carrega minidicionário na cabeça. Nunca ri disso, acha que o escritor é um turista da própria língua, não tem vergonha de perguntar o óbvio e colecionar sons.

    Dani é uma tímida esbaforida. Exatamente como eu.

    Aquela figura atrapalhada que tenta não chamar atenção e acaba atraindo o dobro do apelo. Entrará de fininho em sala de aula, atrasada, e derrubará metade dos livros (Será que não estou falando da sua irmã???). A turma inteira vai girar o rosto em sua direção.

    Dzani é ansiosa. Exatamente como eu.

    Para ganhar um abraço, briga e grita como um bicho. O que mais desagrada na história do mundo é a paciência. Tem uma pressa para ser feliz. O amor é para ontem, hoje é tarde.

    Dan é distraída. Exatamente como eu.

    Não que tenha problema de atenção, é o contrário, um excesso de escuta, acompanha duas ou três conversas simultaneamente e pretende participar de todas.

    Minha Burrêga é debochada. Exatamente como eu.

    Cria conflitos para sair do tédio. Faz piadas solitárias, provoca as pessoas a tomar partido, polemiza por prazer e testa os limites dos outros. Poucos entendem sua rápida mudança de posicionamento: desagrada com fúria e logo avisa que era brincadeira.

    Mas sou mais pai quando minha filha não se parece comigo. Quando ela não me repete. Quando ela é ela e mais ninguém.

    Minha Gâlega, por exemplo, perdoa com facilidade a vida, bem diferente de mim, que não desculpei o tempo que não fiquei perto dela.

    Teu pai que muito te AMA!!!!
    Antonio Neto...

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"Aproveita que a melhor parte é de graça e feita com mais amor do que cabe em mim." (Tati Bernardi)