17 novembro 2011

Cartas pra saudade


Esse não é mais um post especial número infinito. É um post especialíssimo. Vim te escrever. Coisa que não faço todos os dias com as minhas mãos, mas com a mistura de palavras na minha cabeça, faço a todo momento. Eu vim não só te parabenizar. Vim, e como principal motivo, te falar das saudades que eu sinto. Te lembrar, talvez, daquelas tarde maravilhosas de estudos, que sorríamos mais do que estudávamos, mas sempre fazíamos as contas. Você vai entender cada entre linha que eu colocar aqui, eu tenho certeza. Eu sinto saudades ATÉ das suas discordâncias comigo, o que era muito pouco. Sinto falta de falar da Dragão, e ah, você não sabe da novidade: Ela agora tem um novo apelido criado por nós. Sinto saudades dos medos e das inseguranças quando andávamos nas ruas, sozinhas. Hoje eu continuo sentindo isso, mas é como se faltasse algo pra tornar aquilo um pouco divertido. Tenho aquela minha melhor amiga, que Meu Deus, ela ocupada todos os lugares vazios que você deixou. Agradeço muito por tê-la por perto. Sabe do que eu sinto muita falta também? Das caronas que eu recebia do Mimi. Evitava eu andar tanto no sol e o que era melhor: antecipava a hora de te ver. Amiga, eu morro de saudades de você. É aquela falta que nem tudo preenche. Saudades de te ver chegar na aula sempre com um sorriso no rosto, de poder olhar pra trás e te ver na carteira de trás e poder contar tudo com aconteceu ontem e falar de certas pessoas através de códigos e rir e lembrar e chorar e sentir saudades juntas de outras pessoas. Hoje eu olho pra trás e sabe o que vejo? Uma parede. Mas confesso que a visão do lado e da frente é bastante confortante.  Saudades de te amparar também. É preciso falar do nosso magnífico trabalho? É preciso lembrar que fomos nós que marcamos a seccin 2009? É preciso mesmo voltar no tempo e te fazer recordar dos ensaios, da correria pra conseguir a roupa, das ligações para conseguirmos ajuda? E você quer mesmo que eu fale do que sentimos no final? Das memórias que ficaram, das alegrias? Lembra do nosso Mestre? Não, não. Eu não preciso te fazer lembrar de nada disso. Eu sei que em você tudo isso ficou. E é totalmente indispensável falar da falta que você fez no ano posterior. E eu acho isso tudo, ainda que trágico, muito lindo. Essa saudades, essa distância, essa amizade, é, apesar de todos os quilômetros, a coisa mais doce que poderia acontecer. Doce porque você foi, mas algo te fez ficar. Alguma coisa não te deixou ir pra Brasília por inteiro. Uma parte sua ta aqui. Pelo menos em mim ainda se encontra pedaços de Rafaela. E não é a divisão de Região que vai me fazer distante. Eu ainda sinto a necessidade incontrolável de olhar pra carteira de trás e contar as novidades. É o mesmo sentimento. Mas agora eu preciso te achar online nessas redes sociais pra poder te pedir conselhos, te contar como estão as coisas, saber se estar tudo bem. Agora eu preciso que esses sinais dessas operadoras peguem com perfeição. Antes só precisávamos de nós mesmo para nos comunicar. Agora dependemos de quase tudo. Isso é que é trágico. E doce. Porque ainda assim não nos afasta. Então, Brasília Amarela, eu não vi data mais importante e especial que essa pra deixar a sua marca no meu Blog. É o dia ideal pra dizer o quanto eu amo você. E te dar os parabéns, te desejar toda felicidade do mundo, muito amor, muita paz e força. Te dizer que sempre que você achar que está caindo, algo vai te levantar. E eu vou te ajudar nessa subida. Quero te dizer também que todos aqueles sonhos que você tem e que você passou pra mim, sejam realizados. No tempo certo, eu sei que vão. E quando isso acontecer, espero estar ao seu lado pra viver o que você desenhou junto comigo. Eu te amo muito e não é pelo fato de não poder te abraçar agora que você não vá sentir o abraço apertadíssimo que eu desejo te dar agora. Dá um tempo Rafa, volta pra cá.


Dani Fechine, para a minha maior saudade.

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"Aproveita que a melhor parte é de graça e feita com mais amor do que cabe em mim." (Tati Bernardi)