Vim criar e recriar um pouco uma história tão longa, de um começo tão antigo, de um meio belíssimo e sem um fim. Uma história de duas amigas unidas, tipo uma completando a outra mesmo, sabe? Tem a extrovertida, que ninguém a conhece sem um sorriso e tem a calada, chata e ignorante que todo mundo já recebeu uma resposta daquelas. Calma, ela não é tão horrível assim. É uma história recheada, eu garanto. Mas não vou contá-la a ninguém. Só quero que saibam que há um laço fortíssimo entre elas, são irmãs, podendo-se dizer. Talvez uma conheça a outra mais do que a si mesmo. Posso afirmar que é assim. Quando eu conseguir convencer a todos do enorme carinho que uma sente pela outra, eu começo a falar o que talvez muitos já saibam. Então, a amizade deve ser de uns 6 anos, mais ou menos. Já houveram brigas pequenas, que no final das contas só fortaleceu o que já cultivavam. Nunca estiveram muito distantes, dobrava a esquina e dobrava a outra e a outra e lá estava a casa. Eram quase vizinhas. Pode-se dizer que uma não existe sem a outra. Quem conhece Fulano já associa a Sicrano. E então num belo dia, uma delas revelou uma notícia, não tão agradável, mas um pouco besta se parar pra pensar com cuidado. Parece que agora, depois de muitos anos, elas iriam se separar. Talvez seja drama demais ou apego demais. Mas de verdade elas iam se distanciar. E agora eu já posso revelar que eu sou protagonista fiel dessa história. Parece que agora, realmente, as coisas iam mudar. Foi só ouvir as palavrinhas: EU VOU ME MUDAR que meu olho começou a lacrimejar. E haja ela dizer que nada ia mudar, que ela iria viver na minha casa, que eu iria pra lá, que não ia sair da escola. Mostrei-me convencida. Mas na verdade eu não aceitei de imediato. Parece coisa de criança mesmo, concordo. Mas é aquela birrinha que a mãe sente pena. É aquela situação que qualquer um ver que um passo de distância já mata de saudade. Poxa, e agora? Se eu quiser chorar, vou ter que correr quilômetros pra poder desabar? Se eu quiser rir, vai ter mesmo que ser por telefone? Tudo bem, tudo bem. Não é pra tanto. Mas e agora? Você vai pra longe, a outra parte do nosso trio também vai pra longe, e eu? E eu? Eu prometo ir te ver todos os dias possíveis, eu prometo subir aquela ladeira nem que seja a pé, nem que eu chegue por lá sem celular, sem relógio [o que é bem provável], eu prometo ser mais firme e deixar de chorar com saudades de você. Se está sendo assim agora imagina depois? Se eu tô chorando escrevendo um texto pra você imagine quando você se mudar de vez e eu escrever sobre como está sendo sem você por perto? Eu já estou sentindo sua falta. Mas eu prometo, eu prometo de coração, que o laço só irá se atar cada vez mais. Vai se eternizar.
Dani Fechine
Texto lindo!!!!! Prometo que não vou me distanciar de você,estaremos mais próximas do que nunca...E juro que tudo isso será bem saudável pra mim,não que seja bom ficar longe de você, mas para evitar umas coisas que estavam inevitáveis... Mudanças são boas, e eu quero todas as possíveis para mim. TE AMO,AMEI O TEXTO! Vizinha a distância
ResponderExcluirPerfeito ameeei demais :)
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