07 março 2011

Autoconselheiras

Uma conselheira amorosa. Tão nova, tão jovem, tão POUCO vivida, tão diferente, tão improvável. É assim como se sente algumas adolescentes em crise. Escrevo como se fosse uma adulta, já pensou que prepotência? Mas é verdade. Supondo que eu seja realmente uma adulta bem vivida, eu vou contar como foi a minha adolescência, levando em conta a maioria. Pois bem, eu fui amada e não amei, eu amei e não me amaram, mas também já fui correspondida e achei que era bom demais pra ser verdade e joguei tudo pro ar. Aí quando você acha que passou por tudo mas que não levou nada, vem alguém e te pergunta: O que eu faço agora? E você sabe responder com uma facilidade grande, achando que é aquela blogueira famosa que passa na novela das 7. E você começa a aconselhar sem ao menos saber o que está dizendo, ou se está fazendo a coisa certa. No fundo você só segue o seu coração, o que é muito difícil de entender, sinceramente. Ai a sua vida volta a ser aquela de estudante do ensino médio, e dessa vez você se pergunta: O que eu faço agora? Você não sabe o que fazer. É difícil de explicar porque isso acontece. Mas aí você faz essa mesma pergunta pra uma amiga, e ela vai te responder palavra por palavra tudo que um dia você a ensinou. E você pensa e ver que realmente isso partiu de você. Você ver que sabe o que fazer, mas prefere não pensar em tal hipótese. Nós somos conselheiras indiretas de nossas vidas e mal sabemos disso. Somos nós que colocamos na mesa as opções de caminhos a seguir. Mas na vida a gente só olha ao redor e esquece de olhar pra dentro e por dentro.

Dani Fechine

Um comentário:

"Aproveita que a melhor parte é de graça e feita com mais amor do que cabe em mim." (Tati Bernardi)